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Os cortes de financiamento dos Estados Unidos na ajuda externa estão causando uma “grande confusão”, apesar de uma isenção ter sido colocada nos programas de HIV/AIDS, disse o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) nesta sexta-feira (7).
“Há muita confusão, especialmente em nível comunitário. A entrega de medicamentos na comunidade, os serviços de transporte, os agentes comunitários de saúde, todos esses serviços ainda estão sendo afetados”, disse Christine Stegling, diretora executiva adjunta do UNAIDS, a repórteres em Genebra.
O presidente dos EUA, Donald Trump, suspendeu centenas de milhões de dólares em doações de ajuda externa por 90 dias, ao assumir o cargo em 20 de janeiro.
Nos dias seguintes, o Departamento de Estado dos EUA emitiu uma isenção ao Plano de Emergência do presidente para o Alívio da Aids (PEPFAR) – a principal iniciativa de HIV do mundo – para assistência humanitária que salva vidas.
Embora tenha saudado a isenção, Stegling enfatizou que a situação continua caótica.
“Na Etiópia, temos 5.000 contratos de profissionais de saúde pública financiados pela assistência dos EUA. E todos eles foram rescindidos”, disse Stegling.
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As doações dos EUA representam a maior parte do financiamento do programa da ONU que opera em 70 países, liderando os esforços globais para acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030.