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Começou nesta segunda-feira (17) a campanha para as eleições parlamentares antecipadas da França, cujas pesquisas de opinião sugerem que a extrema-direita Reunião Nacional vencerá, com a aliança de centro do presidente Emmanuel Macron em terceiro lugar, atrás de uma chapa de esquerda.
A incerteza política provocou uma forte venda de títulos e ações franceses depois que Macron convocou inesperadamente a eleição, após a derrota de seu partido de centro pelo Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, nas eleições para o Parlamento Europeu.
A aposta de Macron, que incluiu pegar os outros partidos desprevenidos com apenas algumas semanas para se prepararem para a votação, pode sair pela culatra, segundo uma pesquisa do Ifop para o Journal du Dimanche.
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A pesquisa indica que o RN, eurocético e anti-imigração, obterá 35% dos votos no primeiro turno em 30 de junho, com 26% para uma frágil aliança de partidos de esquerda e apenas 19% para Macron. O segundo turno ocorrerá em 7 de julho.
“Estamos entrando em território desconhecido e, na minha opinião, vamos nos mover em direção a uma Assembleia ingovernável”, disse o eleitor Maxime Chetrit, de 60 anos.
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Marie Balta, uma aposentada de Nimes, no sul da França, compartilhava dessa preocupação, mas disse que a eleição poderia dar ao Parlamento mais poder sobre o que o presidente e o governo fazem. “Vai ser muito difícil ter uma Assembleia tripartite com dois blocos fortes e um meio muito menor, mas talvez seja uma chance de voltar a ter mais democracia”, afirmou ela.
A campanha oficial começou na segunda-feira, após uma semana em que os partidos se esforçaram para apresentar candidatos e fazer alianças.
Os aliados de Macron repetiram os avisos de que uma vitória do RN, ou da esquerda, poderia criar uma crise financeira. Uma vitória de qualquer um deles seria catastrófica para a França, sua economia e empregos, disse o primeiro-ministro Gabriel Attal à rádio RTL.
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Até mesmo o capitão do time de futebol da França, Kylian Mbappé, interveio, incentivando os jovens a “fazer a diferença” em um momento em que os “extremos” estavam batendo à porta do poder.
Alguns políticos de extrema-direita disseram que o jogador francês estava fora de contato com a realidade.
Macron reuniu os principais ministros e assessores no domingo à noite para discutir a eleição, segundo uma fonte que participou da reunião, acrescentando que eles decidiram não apresentar candidato em cerca de 60 distritos eleitorais – de um total de 577 – onde consideraram que outro candidato da corrente dominante estava em uma posição melhor para vencer.
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Mas alguns membros do grupo de Macron expressaram publicamente suas dúvidas sobre a eleição.
“Isso (a dissolução do Parlamento) é uma decisão do presidente, é uma prerrogativa dele”, disse o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, à rádio France Inter no domingo. “O que observo é que isso criou em nosso país, entre o povo francês, em toda parte, preocupações, incompreensão, às vezes raiva. É isso que vejo entre nossos eleitores.”