Chanceleres de Brasil, Colômbia e México cogitam ir à Venezuela para negociação

Os três países buscam um acordo pacífico entre Nicolás Maduro e o opositor Edmundo González

Equipe InfoMoney

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, em reunião com chanceleres dos países do G20 (Foto: Márcio Batista/MRE)
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, em reunião com chanceleres dos países do G20 (Foto: Márcio Batista/MRE)

Publicidade

Após a publicação de uma carta conjunta pedindo a divulgação das atas das urnas das eleições da Venezuela, os chanceleres de Brasil (Mauro Vieira), Colômbia (Luis Gilberto Murillo) e México (Alicia Bárcena) cogitam ir a Caracas nos próximos dias para tentar negociar uma solução para a crise política do país, segundo informações do jornal O Globo.

Os três países buscam um acordo pacífico entre Nicolás Maduro e o opositor Edmundo González. Ambos dizem ter vencido o pleito eleitoral que aconteceu no último domingo (28).

Maduro teve sua vitória reconhecida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, porém a instituição não publicou as atas eleitorais para serem verificadas por órgãos internacionais independentes. Já González diz ter vencido o pleito com base em atas eleitorais recolhidas pela oposição e publicadas em um site público.

LISTA GRATUITA

Ações Fora do Radar

Garanta seu acesso gratuito a lista mensal de ações que entregou retornos 5x superior ao Ibovespa

A mobilização dos três países foi um dos tópicos abordados em uma conversa telefônica na quinta-feira, que durou cerca de uma hora, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, o colombiano Gustavo Petro e o mexicano Lopez Obrador.

Segundo O Globo, a aproximação para conseguir o diálogo entre as duas partes caberá ao México. O presidente do país foi o primeiro a criticar a posição dos Estados Unidos de afirmar que a eleição de Maduro foi fraudulenta e que González venceu a disputa.

A iniciativa teria sido bem vista pelo governo venezuelano, enquanto Brasil e Colômbia se mantiveram em silêncio após o pronunciamento. Na América Latina, Argentina, Equador e Uruguai seguiram os EUA.