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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta quinta-feira que Moscou vê a noção de “desnuclearização” da Coreia do Norte como um “assunto encerrado”, entendendo a lógica de Pyongyang de usar armas nucleares como alicerce de sua estratégia de defesa.
Ao responder a uma pergunta no website de seu ministério, Lavrov afirmou que a Rússia estaria ao lado da Coreia do Norte para resistir ao que, segundo ele, os Estados Unidos chamam de “dissuasão nuclear expandida” ao lado da Coreia do Sul e do Japão na região da Ásia-Pacífico.
“Essa é claramente uma ameaça extremamente séria e real à segurança regional”, escreveu Lavrov. “Nessas condições, o próprio termo ‘desnuclearização’ aplicado à Coreia do Norte perdeu todo o significado. Para nós, é um assunto encerrado.”
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Após invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia aumentou seus laços diplomáticos e militares com a Coreia do Norte. O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, visitaram os respectivos países.
Especialistas ucranianos produziram evidências de que mísseis produzidos na Coreia do Norte, sujeita a sanções internacionais por muitos anos, foram usados contra alvos no país. Moscou e Pyongyang negam o comércio e a remessa de armas ilegais.
A Coreia do Norte afirmou que nunca abandonará sua dependência de armas nucleares, para garantir sua segurança contra os sul-coreanos e norte-americanos, que têm cerca de 24 mil soldados na Coreia do Sul. Os países frequentemente realizam exercícios militares conjuntos.
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A Coreia do Norte testou novos mísseis balísticos neste mês, com o líder Kim Jong Un defendendo armas convencionais mais letais e melhores capacidades nucleares.
Lavrov afirmou que a Rússia discorda fortemente da imposição “sem sentido” de sanções por parte dos países ocidentais. Antes de invadir a Ucrânia, a Rússia assinou por anos sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra testes nucleares da Coreia do Norte.
Lavrov afirmou que a Rússia apoia a Coreia do Norte no “confronto a um adversário em comum” e “fortalecendo consistentemente a amizade e cooperação” com Pyongyang.