Cerveja, filme sobre Reagan e muita segurança: como será a convenção dos republicanos

Evento de quatro dias vai culminar na quinta-feira, quando Donald Trump aceitará a nomeação do partido; festas, debates, filmes e até protestos estão marcados para esta semana em Milwaukee

Roberto de Lira

Barco da guarda costeira dos EUA faz patrulha, antes da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee - 15/07/2024 (Foto: Jeenah Moon/Reuters)
Barco da guarda costeira dos EUA faz patrulha, antes da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee - 15/07/2024 (Foto: Jeenah Moon/Reuters)

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A Convenção Nacional Republicana, marcada para acontecer entre esta segunda (15) e quinta-feira (18), é um evento tradicional que marca o início formal da campanha presidencial do partido. Porém, neste ano, acabou por ganhar ainda mais relevância após o atentado contra a vida do ex-presidente Donald Trump no final de semana.

Com segurança reforçada e ainda mais atenção da mídia, o encontro já está sendo considerado por algumas lideranças republicanas como o primeiro ato do novo mandato do midiático empresário conservador.

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Antes mesmo do grave fato ocorrido na Pensilvânia no sábado, já estava previsto que a cidade poderia receber 50 mil pessoas para a festa republicana. Estão marcados desde encontros de lideranças estaduais e de grupos específicos do partido para organizar detalhes de campanha, até festas e eventos culturais.

Para este ano, estima-se que haja 2.429 delegados do partido, sendo que 2.325 estão comprometidos em votar nos candidatos desde as primárias. Outros 104 delegados não estão necessariamente comprometidos.

A vantagem de Trump é total: ele teria ao menos 2.265 voos de delegados, bem distante dos 97 conquistados por Nikki Haley. Para ganhar a nomeação republicana, um candidato presidencial deve receber o apoio apenas da maioria dos delegados, cerca de 1,2 mil representantes.

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Cerveja, debates e filmes

Os eventos principais acontecerão na arena multiuso Fiserve Forum, casa da equipe de basquete do Milwaukee Bucks, que disputa a NBA. Apenas nas imediações desse local haverá um controle rígido de porte de armas. Fora dessa área, a lei do Wisconsin não permite nenhum tipo de controle, seja de armas ocultas ou à mostra.

Haverá diversos outros encontros de republicanos em hotéis, bares e em outros pontos de Milwaukee, como o museu da fabricante e motocicletas Harley-Davidson.

A programação inclui sessões formais da convenção, reuniões das delegações estaduais individuais e eventos patrocinados por organizações que promovem diversas causas republicanas, desde política externa até produção de energia.

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Os republicanos também anunciaram “temas” diários para a convenção, todos ligados ao slogan “Make America Great Again” de Trump. Nesta segunda-feira é “Make America Wealthy Once Again”, focada em riqueza, seguido por dias dedicados a tornar o país mais “seguro”, “forte” e “grande” novamente.

Muitas dessas festas serão regadas a cerveja, uma vez que o local é nacionalmente conhecido como “cidade da cerveja”, por abrigar fabricantes de marcas populares há décadas como Pabst, Miller, Schlitz e Blatz. A festa de boas-vindas que aconteceu no domingo (14), um dia antes da abertura formal da convenção, foi intitulada “Red, White, & Brew”, numa brincadeira com as cores da bandeira americana.

Um do eventos paralelos mais aguardados é a pré-exibição da cinebiografia do ex-presidente Ronald Reagan, que deve estear nos cinemas em agosto. “Reagan” é dirigido por Sean McNamara (mais conhecido por produções para crianças e adolescentes nos canais Nickelodeon, Disney Channel e Cartoon Network), e estrelado por Dennis Quaid e David Henrie (na fase jovem de Reagan).

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O partido também vai lançar o documentário “Trump’s Rescue Mission: Saving America” durante a semana. Está prevista ainda a estreia de um documentário sobre o Irã chamada “Teocracia do Terror”.

Mas nem tudo será festa nesses dias. Mesmo após o atentado de sábado, um grupo de críticos ao ex-presidente manteve a programação de uma marcha de protesto contra a agenda republicana, com defesa de bandeiras como direitos das mulheres, LGBTQ e reprodutivos, além de apoio à Palestina.

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