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Nas últimas 3 semanas, cerca de 1 milhão de pessoas fugiram de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, informou nesta terça-feira a UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos. De acordo com o órgão, isso aconteceu sem nenhum lugar seguro para que as pessoas possam ir e em meio a bombardeios, escassez de comida e água, pilhas de lixo e condições de vida inadequadas.
As pessoas começaram a se deslocar da região quando Israel deixou claro que iria iniciar um ofensiva terrestre na região, por entender que ela abrigava militantes armados do Hamas.
Segundo a UNRWA, dia após dia, fornecer assistência e proteção aos civis torna-se quase impossível. “Tragicamente, os hospitais em Gaza têm muita experiência em lidar com cuidados de trauma, mas uma situação como esta sobrecarrega qualquer sistema médico”, comentou a agência na rede social X. “Apenas uma fracção das instalações de saúde em Gaza está operacional, com recursos muito limitados”, completou.
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Os relatos foram feitos em meio à forte repercussão internacional sobre o ataque aéreo promovido por Israel no domingo em Rafah, que causou um incêndio em tendas de desabrigados que matou menos 45 pessoas, segundo informações de médicos que atendem aos palestinos.
Ontem, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que a morte de dezenas de pessoas no campo para refugiados palestinos em Rafah foi “um trágico acidente”.