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Pavel Durov, o CEO do Telegram, foi detido na França sob alegações de que o serviço de mensagens falhou em combater adequadamente crimes no aplicativo, incluindo a disseminação de material de abuso sexual infantil.
No dia seguinte, um juiz responsável pelo caso estendeu sua detenção de 24 para até 96 horas.
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Antes que esse prazo termine na noite de quarta-feira (28), o magistrado deve decidir se apresentará acusações contra Durov ou se o nomeará como testemunha na investigação e o libertará.
Durov está sendo interrogado como parte de um caso iniciado por uma unidade de crimes cibernéticos do escritório da promotoria de Paris.
Os juízes de instrução que lidam com o caso estão investigando uma ampla gama de acusações.
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Elas incluem recusar ajudar as autoridades a realizar escutas legais em suspeitos, permitir a venda de material de abuso sexual infantil e auxiliar e fomentar o tráfico de drogas.
Nesta segunda-feira (26), um funcionário de uma agência francesa criada no ano passado para prevenir a violência contra menores escreveu no LinkedIn que o processo se concentrava na “falta de moderação e cooperação da plataforma”.
Em uma declaração divulgada em sua plataforma no domingo (25), a empresa com sede em Dubai afirmou que Durov “não tem nada a esconder” e que o Telegram cumpre as leis europeias.
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“É absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário são responsáveis pelo uso indevido dessa plataforma”, declarou a empresa. “Estamos aguardando uma resolução rápida dessa situação.”
O Telegram foi criado por Durov e seu irmão Nikolai, um programador e matemático, e é um dos aplicativos de mensagens mais populares globalmente, com 900 milhões de usuários ativos.
A abordagem relativamente livre da empresa em relação à moderação de conteúdo levou a alegações de que é comumente usada para atividades criminosas e disseminação de material extremista.
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Antes de lançar o Telegram, os irmãos Durov fizeram sua fortuna em 2006 ao fundar a rede social VKontakte.
A plataforma rapidamente se tornou popular na Rússia, e Pavel Durov agora tem um patrimônio líquido de mais de US$ 9 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index.
Esse sucesso também fez de Durov um alvo do Kremlin. Em 2014, ele fugiu do país e vendeu sua participação no VKontakte.
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Durov, que vive em Dubai, é cidadão da França e dos Emirados Árabes Unidos, de acordo com o site do Telegram. Ele não comentou se renunciou à sua cidadania russa.
Após a detenção de Durov, a embaixada russa em Paris disse que “imediatamente pediu às autoridades francesas uma explicação das razões e exigiu que garantissem a proteção de seus direitos e fornecessem acesso consular”.
A embaixada acrescentou que seus funcionários estão em contato com o advogado de Durov.
O presidente francês Emmanuel Macron postou no X que a prisão de Durov “de forma alguma foi uma decisão política” e que caberá aos juízes decidir sobre o caso.
“É o sistema judicial que aplicará a lei de forma independente”, escreveu Macron.
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