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A Casa Branca está utilizando o recesso da Câmara dos Representantes como arma política para criticar o Partido Republicano, que controla a Casa, por ter decidido sair em recesso de duas semanas antes de aprovar um novo pacote de ajuda financeira à Ucrânia e definir o financiamento do governo.
Segundo os sites Politico e The Hill, especializados em política americana, as declarações do presidente Joe Biden subiram alguns tons após as notícia de que a Rússia conseguiu nesta semana seu maior avanço na frente de batalha ucraniana em quase um ano, após assumir o controle total da cidade de Avdiivka, no leste da Ucrânia, o seu maior ganho desde a captura de Bakhmut em maio passado.
A notícia da morte numa prisão no Ártico de Alexei Navalny na semana passada também tem sido usada pelos democratas como uma forma de pressão sobre os rivais, por conta do fortalecimento da posição de Vladimir Putin.
A paralisação dos trabalhos dos deputados congelou uma ajuda de US$ 60 bilhões para a Ucrania que já passou pelo crivo do Senado americano.
Segundo a AP, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que os atrasos nas entregas de armas dos aliados ocidentais estão abrindo uma porta para avanços no campo de batalha russo, tornando a luta “muito difícil”.
Zelensky, em seu discurso diário em vídeo na noite de segunda-feira (19), disse que a Rússia reuniu tropas em alguns pontos ao longo da linha de frente de 1.500 quilômetros, aparentemente com o objetivo de atacar qualquer fraqueza defensiva percebida.
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“Eles (os russos) estão se aproveitando dos atrasos na ajuda à Ucrânia”, disse, completando que as tropas ucranianas sentem profundamente a escassez de artilharia, sistemas de defesa aérea e armas de longo alcance.
A Ucrânia recebeu no ano passado US$ 42,5 bilhões de parceiros estrangeiros como EUA, Japão, Noruega, Alemanha, Espanha, Finlândia, Suíça, Irlanda, Bélgica e Islândia. Os EUA forneceram o maior montante de ajuda não reembolsável, com US$ 11 bilhões.
Sobre o comportamento dos republicanos no Congresso, Biden afirmou que “eles estão cometendo um grande erro” ao não responder às necessidades do país invadido. “A forma como se afastam da ameaça da Rússia, a forma como se afastam da Otan. A maneira como eles estão se desviando do cumprimento de nossas obrigações. É simplesmente chocante. Quero dizer, eles são selvagens. Nunca vi nada parecido.”