Cancelamento de ida de missão do TSE à Venezuela é “sinal ruim”, diz Urrutia

TSE cancelou envio de missão que iria observar as eleições na Venezuela após Nicolás Maduro dizer que votação no Brasil era "inauditável"

Equipe InfoMoney

Uma pessoa aponta para a foto do candidato da oposição Edmundo Gonzalez em uma cédula de votação, antes da eleição presidencial de 28 de julho, em Maracaibo, Venezuela, 23 de julho de 2024. REUTERS/Isaac Urrutia
Uma pessoa aponta para a foto do candidato da oposição Edmundo Gonzalez em uma cédula de votação, antes da eleição presidencial de 28 de julho, em Maracaibo, Venezuela, 23 de julho de 2024. REUTERS/Isaac Urrutia

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Edmundo González Urrutia, principal candidato da oposição nas eleições presidenciais venezuelanas, lamentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro de cancelar o envio de uma missão ao país para observar o pleito, marcado para o próximo domingo (28).

Em entrevista nesta quinta-feira (25) ao lado de María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, Urrutia disse que a desistência do TSE de enviar observadores era um “sinal ruim”. “Teríamos gostado de contar com sua presença”, disse o candidato.

O TSE decidiu cancelar nesta quinta-feira o envio de uma missão que iria observar as eleições na Venezuela após o atual presidente e candidato à reeleição Nicolás Maduro dizer durante um comício que a votação no Brasil era “inauditável”.

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Segundo o tribunal eleitoral brasileiro, “em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo”.

Urrutia também lamentou a retirada do convite a Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina, que também seria observador do processo eleitoral na Venezuela. Fernández disse que Maduro deve reconhecer o resultado do pleito seja qual for o resultado, desagradando o presidente venezuelano, que “desconvidou” o argentino.