Campanha de Trump apaga vídeo após Beyoncé vetar uso de música

"Freedom" é usada por Kamala Harris e teve uma nova versão lançada em um anúncio durante a Convenção Nacional Democrata

Maria Luiza Dourado

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Beyoncé impediu Donald Trump de usar sua música “Freedom” após a faixa, que é central na campanha de Kamala Harris, ter sido utilizada em um vídeo da campanha de Trump nas redes sociais.

Steven Cheung, porta-voz de Trump, postou um vídeo mostrando o candidato republicano descendo de um avião com “Freedom” ao fundo.

A gravadora e a editora de Beyoncé agiram rapidamente para impedir o uso, resultando na exclusão do vídeo das redes sociais, segundo informaram veículos especializados como Rolling Stone e Billboard.

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Beyoncé não comentou o caso. Rumores indicam que ela pode se apresentar na Convenção Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês), mas não há confirmação oficial. Jamie Harrison, presidente da DNC, não confirmou nem negou a participação da artista nesta quinta-feira (22), último dia da convenção.

A equipe da chapa Harris-Walz fez de “Freedom” uma parte central de sua campanha, lançando uma nova versão a cappella em um anúncio de campanha no DNC, que também inclui um discurso do ator Jeffrey Wright.

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Harris tem usado a música em vários eventos de campanha, e seus apoiadores foram vistos com chapéus de cowboy e faixas “Cowboy Kamala”, em referência ao álbum “Cowboy Carter”, lançado por Beyoncé neste ano.

“Freedom” é uma música do álbum “Lemonade” da cantora, lançado em 2016, com uma temática racial forte, exaltando as raízes da artista e a comunidade negra do sul dos Estados Unidos.

O vice de Kamala Harris, Tim Walz, deixou o palco da Convenção Nacional Democrata ao som de “Rockin’ in the Free World”, de Neil Young, uma faixa de 1989 que critica a falta de moradia e o vício em drogas nos EUA. Young aprovou pessoalmente o uso da música.

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O uso da música por Walz pode ser uma alfinetada em Trump, que utilizou a mesma faixa em seus comícios entre 2015 e 2020, apesar da oposição de Young, que chegou a processar o republicano em 2020, afirmando que não podia permitir que sua música fosse usada como tema para uma campanha “antiamericana”. Ele posteriormente desistiu do processo.

Outros músicos, como Adele e os Rolling Stones, também vetaram o uso de suas músicas por Trump.

Recentemente, a família do falecido cantor de R&B Isaac Hayes entrou com um processo alegando que Trump infringiu direitos autorais ao usar “Hold On, I’m Comin’”, escrita por Hayes e interpretada por Sam e Dave.

Maria Luiza Dourado

Repórter de Finanças do InfoMoney. É formada pela Cásper Líbero e possui especialização em Economia pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.