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Pelo menos 530 egípcios morreram ao participar do haj e outros 31 estão desaparecidos devido ao calor extremo que atinge a peregrinação muçulmana anual a Meca, disseram fontes médicas e de segurança à Reuters nesta quinta-feira (20).
Centenas de pessoas de diferentes países morreram nos últimos dias em condições extremas na cidade da Arábia Saudita, onde as temperaturas chegaram a ultrapassar os 51 graus Celsius.
A fonte médica, que estava com a delegação oficial egípcia do haj, disse que a maioria dos que morreram não estava formalmente registrada para o evento junto às autoridades, o que significava que eles não podiam ter acesso às tendas.
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Uma testemunha da Reuters disse que milhares de peregrinos estavam nas ruas, expostos ao Sol, na subida ao Monte Arafat, um dos rituais integrais da jornada.
Os corpos dos peregrinos mortos foram posteriormente cobertos com tecido Ihram – uma vestimenta simples usada pelos peregrinos – até a chegada de veículos médicos, afirmou a testemunha.
Quinto pilar do Islã, o haj é obrigatório uma vez na vida para todos os muçulmanos fisicamente aptos que possam pagar por ele e é a manifestação mais significativa da fé e da unidade islâmica. Espera-se que o evento deste ano, que começou na última sexta-feira (14), atraia cerca de 2 milhões de peregrinos.
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Cientistas climáticos afirmaram que o aumento das temperaturas representa uma ameaça crescente ao evento, embora as mortes relacionadas ao calor durante o haj não sejam novas e tenham sido registradas desde os anos 1.400.
As autoridades egípcias não confirmaram o número de mortes.
O Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Emigração disseram que estão cooperando com as autoridades sauditas no acompanhamento da busca por egípcios desaparecidos e nos relatórios sobre vítimas.