Bolsonaro, Milei, Lula e Obama repudiam tiroteio em comício de Trump

Autoridades usaram as redes sociais para repercutir o episódio em comício que terminou com Trump hospitalizado

Equipe InfoMoney

Publicidade

Enquanto as autoridades investigam o tiroteio no comício do ex-presidente Donald Trump hoje na Pensilvânia, algumas autoridades já estão se referindo ao incidente como um atentado direcionado ao candidato e demonstraram repúdio ao que chamam de violência política. Partidários e adversários de Trump usaram as redes sociais para repercutir o episódio.

Leia também:

O presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Mike Johnson, criticou duramente o ocorrido. “Esse ato horrível de violência política em um comício pacífico de campanha não tem lugar neste país e deve ser condenado de forma unânime e enérgica”, disse Johnson nas redes sociais.

LISTA GRATUITA

Ações Fora do Radar

Garanta seu acesso gratuito a lista mensal de ações que entregou retornos 5x superior ao Ibovespa

No Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou a foto de Donald Trump com o punho em riste e o rosto ensanguentado. “Nossa solidariedade ao maior líder mundial do momento. Esperamos sua pronta recuperação. Nos veremos na posse”, escreveu Bolsonaro, na publicação na rede social X.

O presidente da Argentina, Javier Milei, se manifestou por meio de nota emitida pela Casa Rosada. “Milei expressa seu mais enérgico repúdio à tentativa de assassinato contra o ex-presidente e candidato à presidência [dos Estados Unidos] Donald Trump. A bala que pegou sua cabeça de raspão não é apenas um ataque à democracia, mas também a todos aqueles que defendemos e vivemos em um mundo livre”, diz o comunicado.

“A república da Argentina reafirma seu compromisso implacável com a defesa da liberdade, da democracia e os valores do Ocidente e faz um chamado à comunidade internacional para que condene energicamente este atentado e se una à luta contra os inimigos da liberdade”, diz a nota oficial.

Continua depois da publicidade

Viktor Órban, primeiro-ministro da Hungria, escreveu que “pensamentos e orações estão com o presidente Trump nessa hora obscura”.

O candidato presidencial republicano e ex-presidente dos EUA, Donald Trump, é auxiliado por pessoal de segurança após o tiroteio durante um comício de campanha no Butler Farm Show em Butler, Pensilvânia, EUA, 13 de julho de 2024. REUTERS/Brendan McDermid

Adversários também se manifestaram

Ainda que não partilhe da mesma ideologia de Trump, Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos também utilizou as redes sociais para repudiar o que chamou de “violência política”.

“Não há, absolutamente, lugar para violência política em nossa democracia”, escreveu. “Ainda que não saibamos exatamente o que aconteceu, devemos estar aliviados de que o ex-presidente Trump não foi gravemente ferido e usar esse momento para reafirmar um compromisso com civilidade e respeito na nossa política. Michelle e eu desejamos uma rápida recuperação”.

Continua depois da publicidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em uma publicação que: “o atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável.”

Em manifestação pelo perfil da presidência dos EUA no X, o presidente americano Joe Biden confirmou que o incidente com Trump foi um tiroteio e também lamentou o ocorrido.

“Fui informado sobre o tiroteio no comício de Donald Trump, na Pensilvânia. Estou aliviado em saber que ele está seguro e bem”, diz a postagem no perfil da presidência dos EUA no X, ex-Twitter.

Continua depois da publicidade

“Estou rezando por ele, sua família e todos aqueles que estavam no comício, enquanto aguardamos mais informações. Jill e eu somos muito gratos ao Serviço Secreto americano por mantê-lo em segurança. Não há lugar para esse tipo de violência na America. Devemos nos unir como nação para condená-la”, completou.

O candidato presidencial republicano e ex-presidente dos EUA, Donald Trump, gesticula enquanto é auxiliado pelo pessoal de segurança após o tiroteio durante um comício de campanha no Butler Farm Show em Butler, Pensilvânia, EUA, 13 de julho de 2024. REUTERS/Brendan McDermid

O tiroteio

O ex-presidente Donald Trump foi retirado às pressas de um comício na Pensilvânia depois que vários tiros foram ouvidos no local. Ele discursava no momento dos estampidos e levou a mão em direção ao ouvido direito, como se tivesse sido atingido por algo. Em seguida, ele se abaixa e fica atrás do púlpito de onde falava.

O ex-presidente foi retirado do local por agentes do serviço secreto americano logo em seguida. Ele estava com o lado direito do rosto ensanguentado. A polícia deu início à evacuação do local após o ocorrido.

Continua depois da publicidade

No perfil oficial da campanha de Trump rede social X, o porta-voz Steven Cheung diz que o ex-presidente “está bem”.

“O Presidente Trump agradece às autoridades e aos socorristas pela sua ação rápida durante este ato hediondo. Ele está bem e está sendo examinado em um centro médico local. Mais detalhes virão”, afirmou.

Serviço Secreto também se manifestou pelas redes sociais. “Donald Trump está seguro e medidas de proteção foram implementadas ao seu redor após um incidente em um evento de campanha do ex-presidente dos Estados Unidos no sábado na Pensilvânia”, informou.

Continua depois da publicidade

“Esta é agora uma investigação ativa do Serviço Secreto e mais informações serão divulgadas quando estiverem disponíveis”.

De acordo com a CNN, o autor dos supostos disparos teria sido “neutralizado”.

A NBC News relata que um participante do comício foi morto e outro está em estado crítico. O promotor público local informou que o suposto atirador havia falecido.

Uma testemunha, Ron Moose, disse que ouviu o que parecia ser quatro tiros, descrevendo o som como “pop, pop, pop”.

Uma fonte ouvida pela CNBC afirma que o ferimento de Trump pode ter sido resultado da movimentação para retirar Trump do palco.