Boliviana YPFB quer canalizar gás argentino para o Brasil a partir de outubro

O Brasil já havia dito que precisará de suprimentos da Argentina, que possui a segunda maior reserva de gás de shale do mundo

Reuters

Logo da YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) na sua sede central em La Paz
(Foto: REUTERS/David Mercado)
Logo da YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) na sua sede central em La Paz (Foto: REUTERS/David Mercado)

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LA PAZ (Reuters) – A petroleira estatal boliviana YPFB disse nesta terça-feira que será capaz de transportar 3 milhões de metros cúbicos de gás argentino para o Brasil por dia a partir de outubro, enquanto os dois vizinhos sul-americanos discutem opções para abastecer a maior potência da região.
O acordo ainda não foi fechado, mas as empresas de energia do Brasil, a maior economia da América Latina, e da Argentina estão tentando inverter o fluxo de uma rede de gasodutos de gás natural conectando os três países num contexto de déficit regional de gás.

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O Brasil já havia dito que precisará de suprimentos da Argentina, que possui a segunda maior reserva de gás de shale do mundo. As exportações da Bolívia, que já foi um produtor proeminente, diminuíram e podem não estar disponíveis depois de 2029, dizem os especialistas.
Em um evento de imprensa, representantes ​​da YPFB disseram que a empresa está trabalhando para aumentar ainda mais os volumes de transporte e que, a médio prazo, a YPFB está trabalhando em projetos que poderão aumentar os volumes em mais de 10 milhões de metros cúbicos por dia.
“A localização estratégica do nosso Estado e um sistema de gasodutos que conecta os três países (Argentina-Bolívia-Brasil) o consolidam como a opção imediata, segura e eficiente para a integração energética regional no mercado de gás natural”, disse o presidente-executivo da YPFB, Armin Dorgathen, em um comunicado.
O Paraguai, no entanto, tem promovido uma oferta rival para um potencial gasoduto de 1,5 bilhão de dólares que ligaria o gás argentino ao Brasil. Qualquer um dos projetos, se concretizado, marcaria uma grande mudança potencial nos fluxos energéticos regionais.
(Reportagem de Monica Machicao em La Paz e Eliana Raszewski em Buenos Aires)