Biden e Trump vencem primárias da 3ª feira e garantem delegados para revanche

Disputa ontem em poucos estados apenas serviram para que os candidatos atingissem o número mínimo de delegados para as convenções de julho e agosto; última revanche presidencial nos EUA aconteceu em 1956

Roberto de Lira

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Embora as convenções nacionais partidárias para ratificar os nomes estejam marcadas para julho e agosto, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump, asseguraram na noite de terça-feira (12) um número suficiente de delegados para garantir suas indicações à disputa eleitoral de novembro.

Assim, os EUA vão assistir à primeira revanche eleitoral desde 1956, quando o republicano Dwight D. Eisenhower derrotou pela segunda vez seguida o democrata Adlai Stevenson.

Ambos os candidatos dominaram as primárias de ontem na Geórgia, Mississippi e Washington, de tendência democrata. E Trump também venceu o caucus republicano do Havaí.

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Pelos cálculos, Trump deve ter atingido ontem o patamar de ao menos 1.215 delegados, o número mínimo necessário para garantir a nomeação republicano. Já Biden deve ter emplacado pelo menos 1.968 delegados.

Segundo a Reuters, os dois candidatos já voltaram sua atenção para as eleições gerais de 5 de novembro, realizando comícios na Geórgia no último sábado.

No Estado, Trump, de 77 anos, repetiu a alegação de que a eleição de 2020 foi fraudulenta e acusou a procuradora do condado de Fulton, Fani Willis, de processá-lo por motivos políticos. Ele também atacou Biden por não conseguir conter o fluxo de migrantes na fronteira sul dos EUA, uma questão que ele pretende manter no centro da campanha, como fez em 2020.

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Biden, de 81 anos, que esteve em Atlanta, falou sobre os mesmos temas que expressou durante seu discurso sobre o Estado da União ao Congresso na última quinta-feira, alertando que Trump representa um perigo para a democracia dos EUA e criticando a retórica acalorada do ex-presidente sobre a questão da imigração.

Segundo a AP, eles reforçaram essas mensagens ontem, após o início das apurações das primárias. Em um comunicado, Biden comemorou a nomeação e afirmou que Trump “está fazendo uma campanha de ressentimento, vingança e retaliação que ameaça a própria ideia de América”.

Trump, em um vídeo publicado nas redes sociais, celebrou o que chamou de um grande dia de vitória. “Mas agora temos que voltar ao trabalho porque temos o pior presidente da história do nosso país”, disse Trump sobre Biden. “Então, não vamos ter tempo para comemorar. Vamos comemorar daqui a oito meses, quando acabar a eleição.”

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(Com Reuters)

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