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TÓQUIO (Reuters) – Os membros do Banco do Japão estavam divididos quanto ao momento em que poderão elevar a taxa de juros novamente, com alguns alertando sobre o risco de uma nova volatilidade do mercado após a eleição presidencial dos Estados Unidos, segundo um resumo das opiniões das autoridades em sua reunião de outubro divulgado nesta segunda-feira (11).
Muitos membros da diretoria do banco central japonês destacaram a necessidade de se concentrar nas consequências econômicas dos movimentos do mercado na reunião do mês passado, realizada dias antes da eleição presidencial dos EUA em 5 de novembro, um sinal de que as mudanças no iene continuarão sendo fundamentais para saber quando a instituição voltará a aumentar os juros.
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Embora o risco de um pouso forçado para a economia dos EUA tenha diminuído, o Banco do Japão deve examinar a evolução dos mercados “já que foi muito cedo para concluir que os mercados restaurarão a calma”, com as negociações impulsionadas em parte pela especulação sobre o resultado da disputa presidencial nos EUA, disse um membro.
“O Banco do Japão deve estar bem preparado para a possibilidade de que a volatilidade do mercado aumente, dependendo do resultado da eleição presidencial dos EUA”, disse outra opinião.
Na reunião de 30 e 31 de outubro, o banco central japonês manteve os juros inalterados, mas disse que os riscos em torno da economia dos EUA estavam de certa forma diminuindo, sinalizando que as condições estão se encaixando para aumentar a taxa novamente.
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Os mercados de ações tiveram grandes ganhos e o dólar subiu depois que Donald Trump foi eleito presidente dos EUA na semana passada, aliviando os temores entre as autoridades de uma incerteza prolongada sobre o resultado.
No entanto, analistas alertam para uma nova volatilidade nos mercados caso Trump leve adiante suas promessas de tarifas de importação mais altas, o que pode manter a inflação elevada e atrapalhar a trajetória de cortes de juros pelo Federal Reserve.
Dada a incerteza ainda elevada, os membros “dovish” (favoráveis a juros mais baixos) da diretoria de nove membros do Banco do Japão recomendaram que se proceda de forma lenta, com um deles dizendo que o banco central deve “levar tempo e ter cautela” ao elevar os juros, mostrou o resumo.
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Outra opinião alertou sobre o risco de novos aumentos desencadearem turbulências no mercado e interromperem o caminho de longo prazo do banco para reverter seu estímulo monetário maciço.
Outros, no entanto, viram a necessidade de comunicar claramente a determinação do banco central de continuar elevando os juros se suas previsões econômicas e de preços forem cumpridas, mostrou o resumo.