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Famílias do sul do Líbano entupiram as rodovias ao norte nesta segunda-feira (23), fugindo de um bombardeio israelense em expansão para um futuro incerto, com crianças amontoadas no colo dos pais, malas amarradas ao teto dos carros e fumaça escura atrás deles.
Inúmeros carros, vans e caminhonetes estavam carregados de pertences e pessoas, às vezes várias gerações em um veículo, enquanto outras famílias fugiam levando apenas o essencial, enquanto as bombas caíam do alto.
“Quando os ataques aconteceram pela manhã nas casas, peguei todos os documentos importantes e saímos. Havia ataques ao nosso redor. Foi aterrorizante”, disse Abed Afou, cujo vilarejo de Yater foi fortemente atingido na madrugada.
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Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, têm trocado tiros através da fronteira desde o início da atual guerra em Gaza no ano passado, detonada após um ataque do Hamas, aliado do Hezbollah, mas Israel intensificou rapidamente sua campanha militar na última semana.
Nesta segunda-feira, quando o bombardeio se intensificou e passou a abranger mais áreas do Líbano, as pessoas receberam ligações telefônicas pré-gravadas em nome das Forças Armadas de Israel, dizendo-lhes para deixarem suas casas para sua própria segurança.
Afou, que permaneceu em Yater desde o início dos combates, apesar de estar a apenas cerca de 5 km da fronteira israelense, decidiu sair quando as explosões começaram a atingir casas residenciais no distrito.
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“Eu estava com uma mão nas costas do meu filho, dizendo a ele para não ter medo”, disse. A família de Afou, com três filhos com idades entre 6 e 13 anos, e vários outros parentes, estavam agora presa na rodovia, enquanto o tráfego se arrastava para o norte.
Eles não sabem onde ficarão, disse ele, mas só queriam chegar a Beirute.
O Ministério da Saúde do Líbano disse que mais de 270 pessoas foram mortas no bombardeio e uma autoridade disse que foi o dia mais mortal do país desde o fim da guerra civil em 1990.
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Israel disse ter atingido cerca de 800 alvos ligados ao Hezbollah e que os edifícios atingidos continham armas pertencentes ao grupo.
Alguns testemunharam a destruição de perto.
“A força e a intensidade dos bombardeios são algo que nunca testemunhamos antes em todas as guerras anteriores”, disse Abu Hassan Kahoul, a caminho de Beirute com sua família, após prédios serem destruídos perto do bloco de apartamentos onde mora.
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“As crianças pequenas não sabem o que está acontecendo, mas há medo em seus olhos”, acrescentou.
Até mesmo em Beirute houve um alarme crescente, e os pais correram para tirar seus filhos das escolas, em meio a alertas de Israel sobre mais ataques.