Argentina faz pedido para ser ‘parceiro global’ da Otan

Categoria de "parceiro global" não significa ingresso formal na aliança do Tratado do Atlântico Norte; Colômbia é o único país latino-americano com o status pretendido pela Argentina

Roberto de Lira

Ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri (no centro à direita), se reúne com o número 2 da Otan (Divulgação/Otan)
Ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri (no centro à direita), se reúne com o número 2 da Otan (Divulgação/Otan)

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A Argentina solicitou formalmente um processo de aprovação para ser incluída como “parceiro global” da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O ministro da Defesa argentino, Luis Petri, se reuniu em Bruxelas nesta quinta-feira (18) com Mircea Geoana, secretário-geral adjunto do organismo, para receber a carta de intenções. Atualmente, apenas a Colômbia tem esse status na América Latina.

Em sua conta na rede social X, Petri confirmou o pedido e disse que o país seguirá trabalhando na recuperação de vínculos que permitam modernizar e capacitar as forças armadas no padrão da Otan.

A Argentina anunciou na terça-feira que estava comprando 24 caças F-16 fabricados nos Estados Unidos da Dinamarca, em um acordo apoiado por Washington.

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O portal Infobae disse que Petri transmitiu ao número 2 da Otan que o novo governo argentino teve como primeira decisão política recuar do ingresso ao bloco dos Brics. Isso foi citando para ilustrar que o país pretende de afastar da influência da China e da Rússia.

Com o pedido para ser “parceiro global”, a Argentina deseja participar e cooperar com a Otan em operações de paz, de ciberdefesa, de luta contra a desinformação e de segurança marítima.

De acordo com a Otan, os “parceiros globais” cooperam com os membros da aliança, por exemplo, por meio do compartilhamento de informações e da participação em operações militares.

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A Otan conta atualmente com 31 membros e é o bloco defensivo mais importante do mundo, representando 53% do gasto militar global. Os sócios plenos estão abrigados sob o artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte, que considera qualquer ataque armado contra um deles será considerado como dirigido contra todos.

Na categoria de “parceiros globais”, que não está abrigada sob esse artigo, estão Afeganistão, Austrália, Iraque, Japão, República da Coreia, Mongólia, Nova Zelândia, Paquistão de Colômbia. O país latino-americano foi formalmente aceiro em 2018, após um processo de aprovação que durou cinco anos.

(Com Reuters)

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