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BUENOS AIRES (Reuters) – As autoridades argentinas colocaram em quarentena um navio cargueiro no rio Paraná devido a um caso suspeito de mpox a bordo, informou o governo argentino nesta terça-feira.
O navio de bandeira liberiana estava partindo de Santos, no Brasil — também um importante centro de commodities — para recolher carga de soja, de acordo com o Ministério da Saúde da Argentina e a Liga Naval Argentina.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox uma emergência global de saúde pública pela segunda vez em dois anos, conforme uma nova variante do vírus se espalha rapidamente na África. Um dia depois, um caso da variante clado 1b foi confirmado na Suécia, o primeiro sinal de sua disseminação para fora da África.
O navio perto do porto de grãos de Rosário, na Argentina, alertou as autoridades que “um dos tripulantes, de nacionalidade indiana, apresentou lesões cutâneas semelhantes a cistos, predominantemente no peito e no rosto”, disse o ministério em um comunicado, acrescentando que a pessoa havia sido isolada do restante da tripulação.
O ministério disse que o protocolo de emergência de saúde pública foi então ativado e o navio, que tinha como destino o porto de San Lorenzo, na província de Santa Fé, teve que ancorar no rio.
Somente pessoal médico poderá embarcar no navio, enquanto toda a tripulação ficará em quarentena enquanto aguarda os resultados dos testes, acrescentou o ministério.
Mpox, uma infecção viral que causa lesões cheias de pus e sintomas semelhantes aos da gripe, é geralmente branda, mas pode matar. A variante clado 1b tem causado preocupação porque parece se espalhar mais facilmente por meio de contato próximo de rotina.
Cerca de 13 países relataram casos de mpox causados por outras cepas nas Américas este ano, de acordo com dados da OMS da semana passada. A Argentina registrou oito casos anteriormente, embora nenhum tenha sido da cepa clado 1b.
A Bavarian Nordic, da Dinamarca, deverá decidir esta semana se deve aumentar a produção de vacinas, enquanto a empresa farmacêutica suíça Roche disse que está buscando aumentar sua capacidade de testagens laboratoriais.