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Um dia após o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, dizer que Edmundo González obteve a maioria dos votos nas eleições venezuelanas, 5 países latino-americanos contrariaram a posição de Nicolás Maduro e reconheceram o opositor como presidente eleito no país.
Ao longo da sexta-feira (2), Argentina, Uruguai, Costa Rica, Equador e Panamá decidiram seguir a posição norte-americana e aprofundar o clima de desconfiança sobre a alegada vitória de Nicolás Maduro na Venezuela. O Peru também já havia se manifestado em favor da oposição no país.
A posição foi formada 5 dias após o pleito e em meio a uma onda crescente de cobranças no plano internacional por mais transparência sobre o processo e pela apresentação das atas com detalhes dos resultados da votação nas diversas regiões do país.
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“O ditador Maduro perdeu as eleições e nunca apareceram as famosas atas onde ele iria demonstrar que havia vencido”, disse Manuel Adorni, porta-voz do governo argentino, confirmando declarações anteriores de Diana Mondino, ministra das Relações Exteriores.
No Uruguai, o chanceler Omar Paganini escreveu que “Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela. Esperamos que a vontade do povo venezuelano seja respeitada.”
Antes disso, o secretário de Estado americano, Anthony Blinken, havia afirmado que “agora é a hora de as partes venezuelanas iniciarem discussões sobre uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral venezuelana e os desejos do povo venezuelano”.
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Apesar da pressão, a Justiça da Venezuela, controlada por Maduro, já declarou que a reeleição é irreversível. O Conselho Eleitoral do país, por sua vez, declarou que contabilizou quase todas as atas eleitorais e que Maduro aparece à frente de González por 52% a 43%.
Os números vêm sendo contestados pela oposição, que mobilizou militantes para fiscalizarem o processo e afirmam que, com a verificação de mais de 80% das atas, González liderava por 67% dos votos contra 30%.
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O Brasil adotada postura mais distante ao não reconhecer a vitória de Maduro, mas também não apontar por ora a existência de fraude no processo.
O país insiste no pedido das atas eleitorais e a realização de alguma verificação do processo, e tenta manter cacife para uma posição de mediador no caso — dado o maior acesso ao regime de Maduro em comparação com outros países.