Após Argentina, Brasil também assume a embaixada do Peru na Venezuela

Brasil chegou a um acordo para a custódia da embaixada do Peru na Venezuela, incluindo seus bens e arquivos, bem como a representação de seus interesses e de seus cidadãos em território venezuelano

Roberto de Lira

Manifestantes protestam contra o governo da Venezuela em Maracaibo  (Foto: Isaac Urrutia/Reuters)
Manifestantes protestam contra o governo da Venezuela em Maracaibo (Foto: Isaac Urrutia/Reuters)

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Assim como já havia ocorrido com a Argentina na semana passada, o Brasil oficializou nesta segunda-feira que chegou a um acordo para a custódia da embaixada do Peru na Venezuela, incluindo seus bens e arquivos, bem como a representação de seus interesses e de seus cidadãos em território venezuelano. A medida está em vigor a partir desta segunda-feira (5).

Segundo o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, a decisão foi tomada tendo em conta os princípios de cooperação e respeito mútuo que regem a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 1961, e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, de 1963.

O governo da Venezuela confirmou nesta tarde o acordo  que torna o Brasil representante dessas das duas nações sul-americanas.

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O ato se segue à saída de pessoal diplomático do Peru após a Venezuela romper suas relações com Lima, como resposta às declarações das autoridades peruanas que colocaram em dúvida a vitória, segundo os dados oficiais, de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da semana passada.

O ministro de Relações Exteriores o Peu, Javier González Olaechea Franco, agradeceu em nota o apoio inestimável do Brasil na atual crise diplomática, “o que reflete o excelente estado de nossas relações bilaterais que se sustentam em laços históricos e sólidos de amizade, cooperação e integração.”

Além de Argentina e Peru, a Venezuela mandou retirar do país o pessoal diplomático do Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai, uma vez que esse países foram acusados de ingerência nos assuntos internos venezuelanos ao opinarem oficialmente sobre os resultados das eleições.

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