Alemanha vai cortar pela metade ajuda militar à Ucrânia

Anúncio ocorre em meio às preocupações que o apoio dos EUA para Kiev possa diminuir se Trump retornar para a Casa Branca

Reuters

Bombeiros trabalham em área atacada pelas forças russas, em Kharkiv
25/05/2024
REUTERS/Valentyn Ogirenko
Bombeiros trabalham em área atacada pelas forças russas, em Kharkiv 25/05/2024 REUTERS/Valentyn Ogirenko

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A Alemanha planeja cortar pela metade o auxílio militar para a Ucrânia para o próximo ano, apesar das preocupações que o apoio dos Estados Unidos para Kiev possa diminuir se o candidato republicano Donald Trump retornar para a Casa Branca.

O auxílio alemão para a Ucrânia vai ser reduzido para € 4 bilhões em 2025 ante os € 8 bilhões em 2024, de acordo com um esboço do Orçamento de 2025 visto pela Reuters.

A Alemanha espera que a Ucrânia seja capaz de garantir grande parte das suas necessidades militares com os US$ 50 bilhões em empréstimos gerados pelo ativos russos congelados aprovados pelo G7, e que os fundos destinados a armamentos não vão ser plenamente utilizados.

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“O financiamento da Ucrânia está seguro em um futuro próximo graças aos instrumentos europeus e aos empréstimos do G7”, disse o ministro das Finanças, Christian Lindner, em uma coletiva de imprensa.

Washington fez pressão para “antecipar” os empréstimos, de modo a dar à Ucrânia um grande montante fixo desde já.

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Autoridades afirmam que os líderes da União Europeia concordaram com a ideia em parte porque isso reduz a possibilidade de deixar a Ucrânia sem recursos se Trump voltar para a Casa Branca.

As preocupações na Europa aumentaram esta semana depois que Trump escolheu o senador J.D. Vance como candidato a vice-presidente, já que ele se opõe ao apoio militar à Ucrânia e alertou que a Europa vai ter que depender menos dos Estados Unidos para se defender no continente.

Trump gerou críticas duras de autoridades das potências ocidentais quando sugeriu que não iria proteger os países que não cumprissem as metas de gastos em defesa e que iria, inclusive, encorajar a Rússia a atacar esses países.

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A Alemanha tem sido criticada por repetidamente não cumprir a meta da Otan de gastar 2% do PIB em defesa.