Agentes do FBI que receberam ordens em casos do 6/1 não correm risco, diz autoridade

"Nenhum funcionário que cumpriu seus deveres de maneira ética corre o risco de ser demitido ou sofrer outras penalidades", disse vice-procurador-geral interino dos EUA

Reuters

Edifício da sede do FBI em Washington
07/12/2018
REUTERS/Yuri Gripas
Edifício da sede do FBI em Washington 07/12/2018 REUTERS/Yuri Gripas

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O vice-procurador-geral interino dos Estados Unidos disse nesta quarta-feira (5) que agentes do FBI que estavam cumprindo ordens para trabalhar nas investigações da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro não correm risco de serem demitidos, e acusou líderes do FBI de “insubordinação” por não cumprirem as exigências de informações sobre esses casos, de acordo com um memorando visto pela Reuters.

“Deixe-me ser claro: nenhum funcionário do FBI que simplesmente seguiu ordens e cumpriu seus deveres de maneira ética com relação às investigações do 6 de janeiro corre o risco de ser demitido ou sofrer outras penalidades”, escreveu Emil Bove.

“Os únicos indivíduos que devem se preocupar… são aqueles que agiram com intenção corrupta ou partidária”, afirmou.

O memorando de Bove chega um dia antes de o Departamento de Justiça encarar dois grupos de funcionários do FBI em um tribunal, incluindo a Associação de Agentes do FBI, que entraram com processos na última terça-feira para tentar proteger as identidades desses agentes e outros que investigaram apoiadores de Donald Trump por invadir o Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.

Uma audiência nos dois casos, que foram consolidados, está marcada para a manhã de quinta-feira (6).

Em seu memorando, Bove disse que sua exigência por uma lista de todos os funcionários do FBI que trabalharam nos casos de 6 de janeiro surgiu somente depois que a liderança interina do departamento “se recusou a atender” a um pedido pelos nomes dos principais investigadores de 6 de janeiro baseados em Washington.