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O Pentágono e outras agências federais dos Estados Unidos, incluindo órgãos liderados por aliados do presidente Donald Trump, rejeitaram o pedido de Elon Musk para que funcionários detalhassem suas atividades sob risco de demissão.
A exigência de Musk, que atua como assessor externo da administração Trump em um plano para reduzir a força de trabalho federal, gerou resistência dentro do governo e incerteza entre servidores.
No sábado (22), o Escritório de Gestão de Pessoal dos EUA (OPM) enviou um e-mail aos funcionários públicos, dando prazo até as 23h59 de segunda-feira para que relatassem, em cinco tópicos, suas tarefas na semana anterior.
“A falta de resposta será considerada uma demissão”, publicou Musk no X (antigo Twitter).
A reação foi imediata. O Departamento de Defesa pediu aos funcionários que “pausassem qualquer resposta” ao e-mail. O FBI, o Departamento de Estado e o escritório de inteligência nacional também orientaram suas equipes a não responderem por enquanto.
Kash Patel, novo diretor do FBI, reforçou a ordem. “O FBI, por meio do escritório do diretor, está encarregado de todos os processos de revisão”, afirmou, segundo o The New York Times.
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Sindicatos como a Federação Americana de Funcionários Governamentais (AFGE) prometeram contestar eventuais demissões ilegais. Além disso, não está claro qual a base jurídica de Musk para dispensar funcionários federais que não atenderem ao pedido. O impacto da exigência sobre servidores que lidam com informações confidenciais também segue incerto.
O plano acelerado da administração Trump para cortar gastos por meio da redução da força de trabalho federal tem sido conduzido por Musk e sua equipe no chamado DOGE, grupo criado para implementar cortes. A estratégia já gerou demissões aleatórias, resultando em erros e na necessidade de recontratação emergencial de profissionais essenciais, como especialistas em segurança nuclear, defesa e geração de energia.