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A África do Sul realiza hoje sua mais importante eleição desde 1994, quando uma vitória do partido Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) permitiu que Nelson Mandela chegasse ao poder e encerrasse o regime apartheid, de domínio da minoria branca, instituindo a democracia no país.
Quase 50 partidos disputarão a preferências de 26,7 milhões de eleitores aptos a votar.
Desta vez, o ANC enfrenta o duro desafio de se manter no poder. Na África do Sul, os eleitores votam nos partidos em eleições parlamentares e as agremiações definem seus representantes, que por sua vez escolhem o presidente. Assim, é necessário obter ao menos 50% dos votos para conseguir a indicação presidencial.
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Segundo as pesquisas, o atual presidente, Cyril Ramaphosa, pode ter o pior resultado eleitoral desde a histórica eleição de 30 anos atrás. Caso seu partido tenha pouco mais de 40% dos votos, será preciso negociar uma coalização para que ele se mantenha no poder. Ele teria então que procurar as forças mais à esquerda ou à direita e fazer concessões para continuar governando.
Antigo protegido de Mandela, Ramaphosa foi nomeado vice-presidente do país em 2014, durante o governo do ex-presidente Jacob Zuma. Ele já havia dominado o partido ANC em 2017, quando Zuma teve de deixar o cargo, sob várias acusações de corrupção.
Ramaphosa assumiu o poder e foi eleito novamente em 2019. Caso vença novamente, terá um último mandato de cinco anos.
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Pesa sobre o ANC hoje um clima de pessimismo da população, que enfrenta altas taxas de desemprego, crescimento da desigualdade social, episódios de escassez de água e energia e elevação dos níveis de violência.