18 estados vão à Justiça para barrar ordem de Trump que veta cidadania por nascimento

Medida é parte das promessas de campanha de Trump, mas enfrenta forte oposição e deve desencadear uma longa batalha judicial

Estadão Conteúdo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exibe uma ordem executiva assinada no dia da posse de seu segundo mandato presidencial, em Washington, EUA - 20/01/2025 (Foto: Mike Segar/Reuters)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exibe uma ordem executiva assinada no dia da posse de seu segundo mandato presidencial, em Washington, EUA - 20/01/2025 (Foto: Mike Segar/Reuters)

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Procuradores-gerais de 18 estados, além do Distrito de Columbia e da cidade de São Francisco, entraram com uma ação nesta terça-feira (21) para barrar uma ordem executiva do presidente Donald Trump que visa eliminar a cidadania por nascimento nos EUA, que garante que crianças nascidas no país são cidadãs, independentemente do status de seus pais. A medida, assinada na segunda-feira (20), é parte das promessas de campanha de Trump, mas enfrenta forte oposição e deve desencadear uma longa batalha judicial.

O procurador-geral de Nova Jersey, Matt Platkin, destacou que o presidente não tem poder para invalidar a 14ª Emenda, enquanto William Tong, procurador-geral de Connecticut, disse que “o fato de Trump estar completamente errado não o impedirá de causar sérios danos agora às famílias americanas”.

Grupos de defesa dos imigrantes, como a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês), também recorreram à Justiça para declarar a ordem inconstitucional, ressaltando o impacto sobre crianças.

A iniciativa de Trump já enfrenta resistência de estados como Califórnia, Nova York e Massachusetts, que, junto a outros, argumentam que a cidadania por nascimento é um direito garantido constitucionalmente.