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A guerra entre Rússia e Ucrânia, que se aproxima do seu milésimo dia, deve terminar em 2025, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy em uma entrevista exibida neste sábado.
“Nós, do nosso lado, devemos fazer tudo para que no ano que vem, essa guerra acabe por meios diplomáticos. Isso é muito importante”, disse Zelenskiy à rádio “Suspilne”.
O líder da Ucrânia disse esperar que o novo governo dos EUA, liderado pelo presidente eleito Donald Trump, possa ajudar a concluir a guerra rapidamente, sem oferecer detalhes.
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Trump, que assume o cargo em janeiro, disse que buscaria um acordo rápido entre Kiev e Moscou para acabar com a guerra, mas não detalhou nenhum termo que tenha em mente, incluindo o que aconteceria, por exemplo, com o território ucraniano ocupado pelas forças do Kremlin desde 2022.
“Essa é a abordagem deles, a promessa que eles fazem à sociedade, e também é muito importante para eles”, disse Zelenskiy em um trecho da entrevista divulgado na sexta-feira.
Zelenskiy: condições para fim da guerra
Kiev, porém, não entrará em negociações ou conversas de paz partindo de uma posição fraca, disse Zelenskiy, acrescentando que a Ucrânia não deve ser “deixada sozinha com a Federação Russa” para elaborar uma solução para o conflito.
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“Para nós, a vitória significa uma Ucrânia forte. Se isso é na diplomacia ou no campo de batalha é outra questão. Mas já provamos que a retórica de ‘sentar e ouvir’ não funciona conosco.”
O líder ucraniano repetiu sua avaliação de que o presidente russo, Vladimir Putin, está interessado em longas negociações para quebrar seu isolamento, sem a intenção de chegar a um acordo além da rendição total da Ucrânia.
“Sentar, conversar e não concordar em nada — isso é o que é benéfico para Putin”, disse Zelenskiy.
À medida que aumenta a pressão para pôr fim às hostilidades, o chanceler alemão Olaf Scholz conversou com Putin na sexta-feira, pedindo ao líder russo que inicie negociações com a Ucrânia.
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Em um discurso em vídeo à nação na sexta-feira à noite, Zelenskiy criticou a ligação — a primeira comunicação direta entre os líderes em quase dois anos — como “exatamente o que Putin queria há muito tempo” para acabar com o isolamento de Moscou no cenário mundial.
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