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Uma tripulação de astronautas não profissionais entrou na órbita mais distante que qualquer ser humano já esteve em meio século.
A Resilience decolou nesta terça-feira (10) num foguete da SpaceX e entrou em uma órbita a 1.400 km acima do planeta. Isso é mais de três vezes mais longe da Terra do que a Estação Espacial Internacional (EEI). Nenhum humano foi tão longe no espaço desde que o programa Apollo da NASA foi encerrado na década de 1970.
A missão, chamada Polaris Dawn, é a primeira de três que serão financiadas pelo bilionário americano Jared Isaacman. Ele é a única pessoa da equipe de quatro que já esteve no espaço.
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Isaacman está a bordo como comandante, ao lado de Scott Poteet, um piloto aposentado da Força Aérea dos EUA, e duas engenheiras da SpaceX, Anna Menon e Sarah Gillis.
A missão deve durar cerca de cinco dias. Durante esse tempo, os astronautas passarão por uma região do espaço conhecida como cinturão de Van Allen, que possui altos níveis de radiação.
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Eles estarão expostos ao equivalente a três meses de radiação que os astronautas experimentam na EEI e vão estudar os efeitos que isso tem no corpo humano.
A equipe estará protegida pela espaçonave e pelos seus novos trajes espaciais. As roupas foram desenvolvidas pela SpaceX e contam com telas que fornecem informações sobre os trajes durante o uso, câmeras no capacete e sistemas avançados de mobilidade nas articulações.
A tripulação passará este segundo dia na altitude máxima e realizará até 40 experimentos, incluindo testes de comunicações por satélite baseados em laser.
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No terceiro dia da missão, nesta quinta-feira (12), espera-se que Isaacman e Gillis tentem uma caminhada espacial programada para durar duas horas.
Como a cápsula não possui uma eclusa, todos os quatro astronautas ficarão expostos ao vácuo do espaço por cerca de duas horas, enquanto os dois membros da equipe se aventuram para fora, por 15 a 20 minutos cada. A caminhada ocorrerá enquanto eles estiverem a cerca de 700 km em órbita.
A Polaris Dawn é a primeira de três missões do programa Polaris. A missão final visa ser o primeiro voo tripulado do protótipo Starship, o foguete que a SpaceX afirma ser fundamental para a humanidade viver em Marte no futuro.