WhatsApp Pay começa a funcionar em breve para transferências entre pessoas, diz Campos Neto

O serviço do WhatsApp seria lançado em junho, mas o BC suspendeu a solução

Giovanna Sutto

(Divulgação)
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SÃO PAULO – O WhatsApp Pay, o serviço de pagamentos do WhatsApp, deve começar a funcionar em breve, conforme afirmou Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, nesta segunda-feira (16) em coletiva de imprensa sobre o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do BC.

“Whatsapp vai entrar e vai começar fazendo P2P [person to person – transferência entre pessoas] em breve. Eu tenho conversado bastante com o CEO, inclusive ele tem me dito que o processo no Banco Central foi mais rápido do que em outros países. Estamos avançando bastante. Depois vamos para o modelo P2M [person to merchan – transferências entre pessoas e empresas]. Nossa preocupação é que [a empresa] passe por todos os processos de aprovação”, disse.

O modelo P2P inauguraria as transferências, portanto, enquanto o modelo P2M, que permitiria os pagamentos a estabelecimentos deve começar a funcionar mais para frente. Mas o presidente do BC não precisou as datas.

Campos Neto ressaltou que a autoridade monetária estimula todo e qualquer tipo de sistema de pagamentos que seja competitivo e que o BC está em contato com outras empresas que querem trazer seus serviços similares à proposta do WhatsApp para o país, como o Google.

“Além do WhatApp, estamos conversando também com o Google e outras big techs. Existe uma vontade de estar no Brasil, é um mercado consumidor bastante amplo e existe oportunidade de digitalização. […] O Pix é um meio de pagamento, mas vão existir vários outros, é importante que a gente gere novos modelos de negócios. Quanto mais inclusivo o Pix for, mais o volume de pagamentos vai aumentar”, completou.

João Manoel Pinho de Mello, diretor do BC, acrescentou que a agenda do BC não se resume ao Pix, mas sim “ao fomento da eficiência dos meios de pagamento”.

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O InfoMoney contatou o WhatsApp para entender melhor os planos daqui para frente, mas até o momento de publicação desta matéria a empresa não respondeu.

Vale lembrar que o serviço de envio e recebimento de dinheiro por meio do WhatsApp, que pertence ao Facebook, foi lançado no Brasil em junho. No entanto, o BC suspendeu a solução, batizada de “pagamentos no WhatsApp”, alegando a necessidade de avaliar questões de competição e privacidade.

Desde então, a empresa segue em compasso de espera aguardando uma liberação oficial do BC para operar com o serviço.

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*Com Agência Estado

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Giovanna Sutto

Responsável pelas estratégias de distribuição de conteúdo no site. Jornalista com 7 anos de experiência em diversas coberturas como finanças pessoais, meios de pagamentos, economia e carreira.