VGBL: saiba mais sobre esse investimento

Principal diferença frente ao PGBL é o tratamento fiscal, no PGBL sua vantagem é maior durante a fase de acumulação, já no VGBL ela ocorre no resgate

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SÃO PAULO – Pensando em investir em previdência privada, mas não sabe ao certo como escolher o produto mais adequado às suas necessidades? Certamente você já deve ter visto vários anúncios discutindo este tipo de plano de previdência, mas não sabe ao certo como funcionam.
Para quem não acompanha o mercado de previdência vale lembrar que o lançamento do VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) surgiu como resposta a uma necessidade real do mercado: a de oferecer um plano que atendesse a maioria dos brasileiros.

Qual a diferença frente ao PGBL?

Tanto o PGBL quanto o VGBL foram estruturados como planos de acumulação, e, portanto, funcionam como planos de contribuição definida. Ou seja, o benefício que você irá sacar depende diretamente daquilo que acumular durante o período em que investiu no plano. Mais ainda, o VGBL sofre a incidência das mesmas taxas que o PGBL, ou seja, você também paga taxa de carregamento e taxa de administração.
O VGBL também oferece bastante transparência em termos de investimento, visto que também é possível verificar o valor da cota do plano no jornal. Diante de tanta semelhança, qual seria exatamente a diferença entre os dois planos? A resposta é simples, o tratamento fiscal.

Acumulação versus resgate

Em ambos os casos o pagamento do imposto só acontece quando o benefício é resgatado, e até aí não existe nenhuma diferença. Porém, no caso do PGBL, durante a fase de acumulação você também pode abater o total contribuído ao plano do valor do seu imposto devido.
Para isso é importante que respeite o limite de dedução, que é de 12% da sua renda tributável. É bom lembrar que não há impedimentos de se investir uma quantia maior do que o teto, mas para fins de IR você não pode usar esses valores para diminuir o quanto terá que pagar em imposto.
Mas e quem é isento? Nesse caso o PGBL não oferece nenhuma vantagem fiscal, pois o investidor não tem que pagar imposto. Buscando atender a esses investidores, e aqueles que, mesmo tendo imposto a pagaram optam pelo modelo simples, surgiu o VGBL. Não é à toa, que a sua vantagem fiscal, ao contrário daquela do PGBL, é oferecida no resgate e não durante a fase de aplicação. Assim, na hora de pagar imposto sobre o resgate quem opta pelo VGBL paga IR somente sobre os rendimentos, já quem escolhe o PGBL paga imposto sobre o valor acumulado.
Podemos afirmar, portanto, que enquanto a vantagem fiscal do PGBL é maior na fase de acumulação, no VGBL ela é maior no resgate. Apesar disso, o VGBL também é contratado por aqueles investidores que, tendo esgotado o teto de dedução permitido aos PGBLs, ainda procuram reduzir o pagamento de imposto. Para esse tipo de investidor, aplicar o excedente em VGBL permite pagar menos imposto no resgate da aplicação.

Quanto você pode economizar no IR?

E o seguro de vida?

Ainda que para fins de classificação o VGBL seja considerado um seguro de vida, a contratação deste tipo de cobertura de risco é opcional, ou seja, nem todo mundo que contrata um VGBL pede a inclusão de um seguro de vida. Esta, aliás, é uma reclamação constante de alguns representantes do setor, que gostariam que essa opção fosse obrigatória, até porque, em termos de custo não haveria grande diferença para o investidor, visto que o custo do seguro de vida é relativamente baixo.
De maneira semelhante ao PGBL, no VGBL o investidor também pode, desde que respeitado o período de carência, sacar parcial, ou integralmente, os recursos acumulados. O plano não tem garantia de remuneração mínima, sendo o benefício baseado na remuneração da carteira de investimento do FIF (Fundo de Investimento Financeiro).
Para quem já tem um VGBL, mas não está satisfeito com o retorno recebido vale lembrar que é possível transferir recursos de uma seguradora para outra, mas desde que os recursos sejam transferidos para outro plano do mesmo tipo, ou seja, para outro VGBL.