Vencedores do BBB que perderam tudo: saiba quem foram e como não cometer mesmos erros

Especialistas dão dicas do que fazer para não ficar sem grana, caso você ganhe uma bolada dessas

Gilmara Santos

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Começa na próxima segunda-feira (13), a 25ª edição do BBB. A novidade deste ano é que os participantes entrarão em duplas na casa mais vigiada do Brasil. Enquanto o programa não estreia, a especulação sobre quem serão os novos participantes é grande ao mesmo tempo que fica a pergunta: como estão os ex-BBBs que ganharam o prêmio?

Na ponta dos que souberam aproveitar o prêmio e a fama estão Gil do Vigor, Juliette e Telminha, que multiplicaram o prêmio. Do outro lado, no entanto, tem aqueles que já torraram toda a fortuna. O InfoMoney traz aqui dicas preciosas do que fazer para não ficar sem grana, caso você ganhe uma bolada dessas. Primeiro vamos ver quem são os ex-milionários do BBB.

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Vencedores do reality que não têm mais nada:

Segundo vencedor do BBB, Rodrigo ‘Cowboy’, que ganhou R$ 500 mil em 2002, decidiu investir em bezerros e aluguel de fazendas. O investimento não teve o retorno esperado e ele passou a trabalhar como corretor de imóveis.

(Divulgação/ Instagram)

Affair da apresentadora Sabrina Sato durante a edição de 2003, Dhomini foi o campeão do reality, mas diferentemente da sua amada, ele não conseguiu multiplicar o prêmio. Pelo contrário, em pouco tempo ele já estava sem grana novamente. Dhomini investiu, sem sucesso, em postos de gasolinas e imóveis e chegou a tentar até carreira musical. Nada deu certo, no entanto. Ele retornou ao programa em 2013, mas foi o segundo eliminado. Ultimamente, ele vende cosméticos com a esposa e dar palestras sobre empreendedorismo.

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(Divulgação/ Instagram)

A babá Cida Santos foi a primeira mulher a vencer o reality no BBB4, mas também já não tem mais nada do prêmio e chegou a vender bolo de pote para sobreviver. Hoje, ela segue a carreira de influenciadora digital. Cida emprestou dinheiro para amigos e foi fiadora do imóvel de uma ex-assessora. Sem o pagamento do aluguel, ela teve de assumir a dívida e deixou ali boa parte da sua grana.

(Divulgação/ Instagram)

Vencedor da edição 9, Max Porto já não tem mais nada do prêmio de R$ 1 milhão que embolsou. Ele mesmo contou isso durante uma propaganda para uma instituição financeira. Com o valor, o ex-BBB pagou dívidas, fez viagens, investiu em ideia, que não deram muito certo. Atualmente, ele atua como artista plástico.

(Divulgação/ Instagram)

Meses depois de conquistar com o primeiro lugar no BBB 19, Paula Von Sperling já não tinha mais nada do prêmio. Paulinha, como era chamada, apostou na carreira de influenciadora. Ela tem cerca de 3 milhões de seguidores em apenas uma rede social, o que lhe garante renda com publicidade.

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(Divulgação/ Instagram)

O que fazer com a bolada?

Jeff Patzlaff, planejador financeiro CFP e especialista em finanças pessoais, afirma que o ideal, no primeiro momento, é não fazer nada com o dinheiro além de aplicar a 100% do CDI com liquidez. “Você poderá focar em contratos publicitários e organizar a vida enquanto o dinheiro trabalhar para você, sendo que o rendimento mensal paga seu estilo de vida do passado”, ensina.

Com calma, analise as possibilidades de investimento. “É importante que você saiba viver com o rendimento e não com o valor principal recebido neste primeiro momento. Com ajuda de um profissional independente, comece a analisar opções de investimentos para prazos maiores. Iniciando com a definição de objetivos financeiros com reservas para emergências, desejos e sonhos”, ensina.

“O segredo é não colocar todos os ovos na mesma cesta, sempre diversificando pensando na sua essência, nos seus valores como pessoa, não deixe o impulso destruir a sua garantia de vida mansa eterna”, aconselha o especialista.

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Allan Couto, economista e fundador da calculadora do Gain, lembra que é comum que os vencedores do programa sejam lançados a um novo patamar de renda e fama, mas a falta de preparação para lidar com essa mudança pode resultar em decisões financeiras inadequadas.

“Ao analisarmos os casos de campeões que perderam seus prêmios, fica evidente a necessidade de conscientização sobre a importância de um planejamento financeiro sólido”, comenta Couto. Ele traz alguma dicas para uma gestão financeira eficiente.

Confira:

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Elaboração de um orçamento:

Um orçamento bem estruturado é a espinha dorsal de uma gestão financeira saudável. Ele deve incluir todas as receitas e despesas, permitindo que os indivíduos tenham uma visão clara de sua situação financeira e possam controlar seus gastos.

Estabelecimento de um fundo de emergência:

O fundo de emergência é uma reserva financeira crucial que deve cobrir de três a seis meses de despesas. Essa precaução protege o indivíduo contra imprevistos, como a perda de emprego ou despesas inesperadas.

Investimentos conscientes:

Ao invés de gastar impulsivamente, é vital compreender as diferentes opções de investimento disponíveis. O mercado de ações, imóveis e fundos de investimento são algumas das alternativas que podem gerar retorno a longo prazo. A diversificação dos investimentos é uma estratégia eficaz para mitigar riscos.

Educação financeira:

A educação financeira é um investimento em si mesmo. Livros, cursos e consultorias são recursos que oferecem conhecimento essencial sobre gestão de dinheiro e investimentos, capacitando os indivíduos a tomarem decisões informadas.

Evitar dívidas desnecessárias:

O acúmulo de dívidas é uma armadilha comum. É fundamental evitar compras por impulso e financiamentos com altas taxas de juros, priorizando sempre o pagamento à vista e evitando parcelar aquisições não essenciais.

Planejamento de longo prazo:

Estabelecer metas financeiras de longo prazo, como a aposentadoria, é vital para garantir segurança financeira. Um plano de aposentadoria bem estruturado ajuda a assegurar que os recursos estarão disponíveis quando necessário.

Consulta a profissionais financeiros:

A busca por orientação de consultores financeiros é uma prática recomendada. Esses profissionais podem oferecer insights personalizados e estratégias adaptadas às necessidades individuais, evitando erros comuns.

Resistência a pressões externas:

Após ganhar uma quantia significativa, a pressão social para ostentar pode ser intensa. Manter o foco nos objetivos financeiros pessoais e resistir à tentação de seguir tendências externas é crucial para uma gestão financeira saudável.

“A experiência de vencedores do Big Brother Brasil que enfrentaram dificuldades financeiras após a vitória serve como um importante alerta. A gestão financeira requer não apenas disciplina e conhecimento, mas também um planejamento cuidadoso. Ao adotar práticas financeiras saudáveis, qualquer pessoa pode transformar uma vitória momentânea em um sucesso duradouro. É fundamental que aproveitemos essas lições para promover uma cultura de educação financeira, capacitando todos a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, finaliza Couto.

Gilmara Santos

Jornalista especializada em economia e negócios. Foi editora de legislação da Gazeta Mercantil e de Economia do Diário do Grande ABC