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Vale a pena incluir seguro de vida no seu planejamento financeiro em 2025?

Especialista explica a importância da ferramenta no atual cenário econômico e o que esperar de novidade no segmento

Jamille Niero

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O seguro de vida vem crescendo entre os brasileiros – o ramo arrecadou 13,4% mais em comparação com o mesmo período do ano anterior, movimentando R$ 28,22 bilhões entre janeiro e outubro de 2024, segundo dados mais recentes da Susep (Superintendência de Seguros Privados), autarquia federal que regula e fiscaliza o setor segurador.

Além disso, é um seguro que vem se consolidado como uma ferramenta importante para o planejamento sucessório no Brasil. Com mudanças iminentes na legislação tributária, o produto ganhou destaque como uma solução eficiente para evitar que patrimônios fiquem bloqueados ou sejam dilapidados no processo de sucessão, explica Carlos Eduardo Biagioni, head de soluções patrimoniais da Monte Bravo, no episódio desta quinta-feira (09) do Tá Segurovideocast do InfoMoney que descomplica o universo dos seguros. O programa já está disponível no YouTube e nas principais plataformas de podcast.

Segundo Biagioni, o custo para transmissão de herança enfrenta desafios importantes no país, como o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação). Em estados como São Paulo, a alíquota atual de 4% pode subir para até 8%, dependendo de novas regulamentações. “Essa somatória de custos pode chegar a 20% do patrimônio, incluindo honorários advocatícios e despesas cartorárias”, alerta o executivo.

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Em um cenário como esse, a liquidez imediata proporcionada pelo seguro de vida se mostra um diferencial atrativo. Para o especialista, enquanto outros mecanismos, como doações e holdings patrimoniais, podem ser úteis, eles nem sempre atendem a situações emergenciais. “No momento da ausência, o seguro garante acesso imediato aos recursos necessários para custos sucessórios, sem impactar outros investimentos”, explica Biagioni.

O especialista também destaca a personalização das apólices como uma vantagem, já que cada caso é único e as soluções devem ser adaptadas à realidade de cada cliente – inclusive por meio da combinação de diferentes ferramentas financeiras.

Outra evolução importante no mercado é a aceitação ampliada pelas seguradoras. “As seguradoras estão testando novas possibilidades, como tabelas atuariais mais flexíveis, o que amplia o acesso para mais pessoas”, diz Biagioni.

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O seguro de vida também se destaca como alternativa ao planejamento por doação de patrimônio em vida. “Nem sempre é o momento certo para doar”, alerta Biagioni. Ele cita como exemplo clientes jovens que preferem aguardar maior estabilidade financeira antes de iniciar esse processo. Nesses casos, o seguro pode complementar o planejamento, oferecendo proteção imediata enquanto decisões mais definitivas são postergadas. Ou seja, diante das soluções que se mostram mais adequadas ao seu perfil, o cliente pode ir adquirindo aos poucos o que julgar mais relevante no momento e, assim, ir construindo uma rede de proteção importante.

Além disso, o produto já está alinhado às tendências globais de planejamento financeiro, como ocorre nos Estados Unidos e no Japão. “Lá fora, o seguro de vida é amplamente utilizado como mecanismo sucessório por sua eficiência e liquidez. Estamos começando a ver essa conscientização crescer no Brasil também”, afirma o especialista. O mercado segurador aguarda, inclusive, a regulamentação brasileira para a oferta de uma modalidade muito utilizada no exterior: o ‘Universal Life’, mistura de seguro de vida com previdência privada.

Biagioni acredita que a conscientização sobre o tema tem avançado, especialmente após eventos como a pandemia. “A pandemia trouxe um senso de urgência e antecipou a conscientização e as discussões sobre planejamento financeiro em pelo menos 20 anos”, comenta.

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Com o cenário tributário brasileiro em constante evolução, o seguro de vida se apresenta como uma solução para perpetuar patrimônios e garantir a tranquilidade das famílias. “Independentemente do tamanho do patrimônio, é fundamental pensar em como perpetuá-lo e evitar bloqueios ou perdas no processo sucessório”, conclui Biagioni.

Jamille Niero

Jornalista especializada no mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e saúde suplementar, com passagem por mídia segmentada e comunicação corporativa