Trabalho temporário cresce 7,13% em 2024 e deve continuar forte neste começo do ano

Associação prevê cerca de 800 mil contratos temporários no 1º trimestre de 2025, volume 2% acima do número registrado em igual período de 2024; Indústria é o setor que mais contrata.

Anna França

Funcionários de fábrica em Socorro, São Paulo
03/03/2020
REUTERS/Rahel Patrasso
Funcionários de fábrica em Socorro, São Paulo 03/03/2020 REUTERS/Rahel Patrasso

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O índice de desemprego atingiu 6,6% no ano passado, o menor patamar desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou a calcular a desocupação no Brasil em 2012. E não foi apenas no mercado de trabalho formal que as coisas melhoraram. O trabalho temporário também encerrou o ano de 2024 com crescimento de 7,13% ante o ano anterior, totalizando 2,4 milhões de contratos temporários.

O resultado foi impulsionado por um 4º trimestre forte, com a abertura de 497 mil contratos temporários, segundo dados da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem).  “Apesar de vivermos um ano com inflação e juros altos, o consumo aumentou e, com isso, as contratações temporárias se tornaram uma boa solução para as empresas”, afirmou Alexandre Leite Lopes, presidente da entidade.

Para este ano, a Asserttem acredita que o resultado deve continuar positivo no mercado de Trabalho Temporário, atingindo a marca de 800 mil contratos entre os meses de janeiro e março, o que representa um crescimento de 2% em comparação com o mesmo período de 2024.

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A setor que mais deve contratar continua sendo a Indústria, com 40%, seguida pelos Serviços (35%), Comércio (20%) e outros (5%). Segundo a Asserttem, o trabalho temporário vem tendo boa aceitação por todos os setores, mas o destaque fica para aquelas áreas ligadas ao comércio eletrônico, tanto nas empresas de varejo e marketplaces quanto no setor de logística que está envolvido nesta cadeia de serviços. “Bem-Estar, Educação, Turismo e Agronegócio também devem impulsionar as contratações temporárias neste início do ano”, afirma.  

As datas sazonais, como a Páscoa, também devem manter as contratação de temporários. “As contratações nas indústrias de chocolate e embalagens, por exemplo, já começaram, reforçando nossa expectativa de que, apesar das incertezas da economia, o Trabalho Temporário continua a ser uma solução estratégica e funcionando como um termômetro da atividade econômica no País”, disse Lopes.

Anna França

Jornalista especializada em economia e finanças. Foi editora de Negócios e Legislação no DCI, subeditora de indústria na Gazeta Mercantil e repórter de finanças e agronegócios na revista Dinheiro