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Seguro para celular: como funciona, quanto custa e o que cobre?

Especialista explica quais situações costumam estar amparadas pelas apólices (contrato de seguro) e quais não estão; entenda

Jamille Niero

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Com os celulares cada vez mais caros e indispensáveis no dia a dia, contratar um seguro para o aparelho pode ser uma forma de evitar prejuízos em caso de danos acidentais, roubo ou furto – especialmente em datas como o Carnaval, que costumam concentrar uma grande quantidade de ocorrências do tipo.

Só para se ter uma ideia, de 28 de fevereiro a 4 de março deste ano, houve 1.283 registros de roubos de celulares nas cidades paulistas — 37% a menos que as ocorrências computadas no Carnaval do ano passado (2.052 casos). Os furtos reduziram 28% em todo o estado no período analisado, passando de 3.339 ocorrências em 2024, para 2.395 na festa de 2025. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (05) pela Secretaria da Segurança Pública do paulista, que montou um “esquema” diferente neste ano para enfrentar as ocorrências no período.

O que o seguro cobre e o que não cobre?

Os seguros para celular costumam oferecer proteção contra roubo e furto qualificado (quando há arrombamento ou rompimento de obstáculo), mas há opções mais abrangentes que incluem cobertura para quebra acidental, derramamento de líquidos e até mesmo perda, explica Adriano Jesus, head de Digital e Marketing na Pitzi.

O especialista participa do episódio desta quinta-feira (06) do Tá Seguro, videocast do InfoMoney que descomplica o universo dos seguros. O programa já está disponível no YouTube e nas principais plataformas de podcast.

Segundo Jesus, o ideal é buscar um plano que cubra o máximo de situações possíveis, já que o custo de reparo pode ser alto. “Uma tela original de um modelo premium, por exemplo, pode custar mais de R$ 2.500″, aponta.

Mas fique atento porque nem todas as situações são indenizadas. O furto simples, quando o aparelho desaparece sem que haja um rompimento de barreira (como quando o celular é tirado do bolso sem que a vítima perceba), pode não estar coberto em algumas seguradoras. Além disso, há casos em que o seguro cobre apenas a tela e não outros danos internos do aparelho, alerta o especialista.

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Quanto custa um seguro para celular?

O preço do seguro vai variar de acordo com o modelo do aparelho, a cobertura escolhida e o canal de contratação. De maneira geral, o custo anual do seguro gira entre 20% e 30% do valor do celular. “Hoje em dia, há opções de parcelamento e até planos que podem ser contratados junto com a compra do aparelho, facilitando o pagamento”, afirma o especialista.

Dependendo da seguradora, poderá haver a cobrança de franquia – ou ‘taxa de uso’ – que é a participação obrigatória do segurado (cliente da seguradora) no custo dos reparos. Ou seja, é o valor que o segurado paga em caso de sinistro (ocorrência do risco previsto no contrato de seguro) parcial, antes que a seguradora cubra o restante dos danos.

Jesus conta que, entre ‘sinistros’ mais comuns, ou seja, os motivos mais frequentes para acionar o seguro estão os roubos e furtos, que de fato costumam aumentar em eventos como o Carnaval e grandes shows. Acidentes também estão no topo da lista, com destaque para quedas e danos causados por líquidos, acrescenta.

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Ele comenta ainda que o setor de seguros para celular vem evoluindo para acompanhar os novos desafios dos consumidores. Algumas empresas já oferecem coberturas adicionais contra fraudes financeiras e roubo de identidade digital, protegendo não apenas o aparelho, mas também o dinheiro e os dados do usuário.

Para Jesus, contudo, ele avalia que é uma tendência que “ainda avança lentamente e precisa acelerar cada vez mais” para conseguir estar em dia com as necessidades do consumidor deste seguro.

Para evitar dores de cabeça, o especialista da Pitzi salienta que é importante verificar se a seguradora cobre todas as situações que fazem sentido para o perfil de uso do aparelho. Quem trabalha com produção de conteúdo, por exemplo, pode priorizar coberturas que protejam a câmera do celular. Já quem viaja muito deve conferir se há assistência internacional.

Jamille Niero

Jornalista especializada no mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e saúde suplementar, com passagem por mídia segmentada e comunicação corporativa