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Homens solteiros pagaram, em média, 62,5% mais caro pelo seguro auto do que os homens casados. É o que releva o Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA), da insurtech TEx. De acordo com o levantamento, homens solteiros pagaram, em média, 10,4% do valor do veículo no seguro do automóvel, enquanto que os casados desembolsaram 6,4%. Já entre as mulheres, a distância entre solteiras e casadas é menor: 32,1%.
Homens, de um modo geral, pagam mais pelo seguro. Enquanto o índice para eles ficou em 7,3%, em média, para elas ficou em 6%. Também pesa no cálculo a idade do segurado.
Simulação feita pelo estudo mostra essa diferença. Analisando perfis que possuem as mesmas características e residem no mesmo local, a faixa etária produz uma variação no preço.
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Um homem de 26 anos, com as mesmas características, pagou 18% a mais no seguro do carro do que o que tinha 36 anos, por exemplo. O primeiro pagou cerca de 9,8% de seguro, enquanto que o segundo pagou 8,3%. “Essa diferença diz muito de como o preço do seguro se comporta. Essa diferença surge por conta da pouca experiência e comportamento na direção das pessoas mais novas, o que aumenta a possibilidade da ocorrência de sinistros”, revela o levantamento.
Vale destacar que o IPSA é calculado com base no percentual que o seguro representa do valor do veículo. Se a taxa é de 4% e o veículo custa R$ 50 mil, quer dizer que o preço do seguro é de R$ 2 mil.
“Dizem que homem dirige melhor, mas, no mercado de seguro, não é bem assim. De modo geral, as mulheres quando batem o carro, por exemplo, a avaria costuma ser apenas uma raspadinha. Já os homens geralmente se envolvem em grandes batidas”, diz Emir Zanatto, CEO da TEx.
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Ele destaca que o seguro de carro é pautado em risco e outras variáveis, além do preço do veículo. Idade do condutor, estado civil e região por onde o veículo mais transita são alguns dos fatores levados em consideração para definir o preço do seguro.
O que afetam os preços do seguro auto
1° Classe de bônus
É a variável mais importante para determinar o valor do seguro de um automóvel, sendo categorizada em faixas que vão de 0 a 10. Esses valores são representados pela fidelidade e competência do segurado. Quanto mais renovações sem sinistro (a ocorrência do evento danoso previsto na contratação do seguro), maior será sua classe de bônus.
2° CEP do condutor
A região geográfica por onde o carro transita tem grande importância na determinação do valor do seguro, podendo, por exemplo, encarecer em locais com maior risco de roubo e furto.
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3° Valor do veículo
Veículos mais caros, geralmente, não são alvos de roubos e furtos. Isso acontece porque essas categorias têm um valor proporcionalmente menor no seguro.
4° Idade do veículo
Carros mais velhos, com maior quilometragem, têm maior custo de reparo e geralmente são mais roubados. Quanto mais velho o carro, mais caro é o seguro.
5° Idade do condutor
É um bom indicativo de experiência na condução de veículos. Em geral, quanto mais velho é o condutor, menor é o preço do seguro.
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6° Fabricante do veículo
Cada fabricante opera de maneira distinta na produção dos veículos, e isso também pode influenciar o preço do seguro. Um exemplo clássico é o custo de manutenção do veículo, que pode variar bastante conforme o fabricante.
7° Tipo de utilização do veículo
Para qual fim o veículo será utilizado? O uso particular é o mais comum, porém, atualmente há muitos casos de transporte por aplicativo, cuja a exposição ao risco e a tendência mais acelerada de desgaste do carro pode provocar uma elevação da tarifa de seguro.
Inflação do seguro do carro
De acordo com o IPSA, o indicador atingiu o maior patamar da série histórica iniciada há 26 meses. Segundo o levantamento, o índice geral de seguro auto chegou a 6,7% em fevereiro. Foi o terceiro mês consecutivo de aumento, dessa vez com elevação de 1,5% em relação ao mês anterior. Já em comparação aos 12 meses anteriores, o índice encareceu 17,5%.
Dentre diversos fatores que podem ter contribuído para isso, está o aumento do valor Fipe de veículos usados nos últimos anos. Isso fez subir a taxa de roubo e furto, elevando assim a sinistralidade geral, fator determinante para a inflação dos seguros. Outro motivo foi a crise dos semicondutores e o desarranjo do mercado de autopeças durante a pandemia de Covid-19, que aumentaram o custo e o tempo de reparo dos veículos e, consequentemente, o preço dos seguros.
“Existe um efeito da pandemia que ainda não se estabilizou. Não está normalizado o fornecimento de veículos novos e isso valoriza o usado”, diz Emir Zanatto. “A escassez na cadeia de suprimento levou empresas a diminuírem o ritmo e pararem a produção e isso faz com que aumente o preço, mas também faz com que não tenha peças em caso de colisão, como também aumenta o volume de roubo e furto”, avalia o executivo.
Carros mais cotados
O Onix segue sendo o carro mais cotado, representando 7,3% do volume total, seguido pelo HB20, com 5,1% e o Creta com 3,1%. O top 10 apresentado nesse ranking corresponde a 35,1% do total de automóveis cotados no período. Confira:
- Chevrolet Onix – 7,3%
- Hyundai HB20 – 5,1%
- Hyundai Creta – 3,1%
- Jeep Renegade – 2,7%
- Ford Ka – 2,7%
- Renault Kwid – 2,5%
- Renault Sandero – 2,5%
- Nissan Kicks – 2,3%
- Honda Fit – 2,3%
- Honda HR-V – 2,3%