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Seguradoras querem aumentar investimentos em imóveis

Apenas 5% das reservas podem ser investidos em imóveis, Susep e Fenaseg defendem aumento de 10% e 20%, respectivamente

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SÃO PAULO – De acordo com as regras atuais de alocação de investimentos das seguradoras estas instituições podem investir até 5% das suas reservas no mercado imobiliário, seja através do investimento direto em imóveis ou através dos fundos imobiliários.

Susep e Fenaseg defendem aumento

No entanto, tanto a Susep (Superintendência de Seguros Privados) quanto a Fenaseg (Federação Nacional das Companhias de Seguros, Previdência e Capitalização) já defendem um aumento deste percentual. O superintendente da Susep, Helio Portocarrero, afirmou que a entidade defendia um aumento de 5% para 10%, mas que a Fenaseg pedia um aumento ainda maior para 20%. A decisão final será tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em sua reunião no final de abril.

Retornos mais atrativos da carteira de imóveis

O aumento reivindicado pela Susep reflete o interesse de algumas seguradoras ligadas a grandes conglomerados financeiros, que pretendem formar fundos imobiliários com seus próprios imóveis. Reproduzindo operação realizada pelo HSBC em maior do ano passado estas instituições estudam a possibilidade de transferir para estes fundos imobiliários imóveis que pertencem ao grupo, como por exemplo, agências.

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O HSBC, por exemplo, conseguiu securitizar, isto é, transformar em títulos imobiliários cerca de 79 imóveis do grupo. Desta forma, o banco deixou de ser proprietário para ser locatário dos imóveis e a renda de aluguel garantiu o rendimento do fundo imobiliário.

Queda dos juros favorece os imóveis

A grande vantagem deste tipo de operação é que além de reduzir o grau de imobilização e consequentemente necessidade de capital da instituição, permitem uma rentabilidade da carteira de imóveis das instituições. Atualmente as seguradoras têm cerca de R$ 21,8 bilhões em reservas técnicas, das quais apenas 2,17% estão investidos em imóveis, sendo que a maior parcela ainda segue aplicada em renda fixa (55,6%) e títulos públicos (35,95%).

Com a queda dos juros e perda de competitividade das aplicações em renda fixa os imóveis passam a ser uma boa alternativa de investimento, especialmente para as reservas de longo prazo, como é o caso dos planos de previdência, segmento que tem registrado o maior crescimento entre os vários ramos de seguros do mercado brasileiro.