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O Santander vai lançar em setembro uma plataforma online que permitirá aos clientes pegar empréstimos usando uma variedade de garantias, de imóveis a motocicletas, disse ontem Sergio Rial, presidente executivo do banco, ao divulgar o balanço de resultados da instituição financeira. A exemplo das fintechs, o banco terá, até o fim do ano, plataformas digitais para renegociar dívidas e seguro de automóvel.
“O Santander é uma incubadora de novos negócios, em meio ao crescimento das fintechs”, disse Rial. No balanço divulgado na última terça-feira, 23, referente ao segundo trimestre, o Santander registrou lucro líquido de R$ 3,63 bilhões, 20,2% maior que o mesmo período do ano passado. O resultado ficou em linha com a expectativa projetada por analistas.
No mesmo período, a carteira de crédito cresceu 2,2%, totalizando R$ 317,6 bilhões. O aumento foi impulsionado principalmente por empréstimos ao consumidor, já que a demanda de empresas continua fraca. Com os bons resultados, durante o dia, os papéis do banco chegaram a registrar alta de 2,4%.
Plataforma digital
De olho no movimento das fintechs, a plataforma de crédito digital do Santander, batizada de Sim, será lançada no dia 23 de setembro. O atrativo, segundo Rial, será a taxa de juros menor e o processo de aprovação mais ágil. “A Sim vai competir com o próprio Santander”, disse Rial. “O empréstimo com garantia de imóvel será apenas um deles. Há espaço para mais uma plataforma digital de crédito e vamos competir nisso.”
O Santander, por meio do seu fundo InnoVentures, já investe na Creditas, fintech de crédito com garantia.
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Rial anunciou na terça também que o banco vai lançar, até o fim do ano, uma plataforma digital de renegociação de dívidas. A ideia é atender todos os clientes, mesmo os que não tenham conta no Santander. Em seguros, o banco oferecerá a partir de agosto uma ferramenta online voltada ao segmento de automóveis com a seguradora HDI, que priorizará o consumidor final.
Exportação
Rial disse ainda que o banco tem a ambição de levar sua operação de microcrédito, a Prospera, para a América do Sul e sinalizou a possibilidade de alcançar um total de 10 milhões de clientes. O Santander tem hoje 368 mil clientes, base que mais que dobrou em dois anos. Além disso, o banco vai encerrar o ano com 99 agências físicas do Prospera.
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Outro negócio com potencial de ser exportado para a América do Sul é a parceria de conta digital com a Natura, que prioriza as revendedoras da marca. Por meio da Avon, adquirida pela brasileira, segundo Rial, é possível até mesmo oferecer a conta digital na operação global da marca.
O mesmo deverá feito com a Getnet, empresa de meios de pagamentos da instituição financeira. Até o segundo semestre de 2020, a empresa de maquininhas chegará ao México. A intenção do banco é replicar depois o modelo para os países sul americanos.
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