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SÃO PAULO – Capacitação da rede e relacionamento com o franqueados são as questões consideradas mais críticas para os franqueadores dos quatro segmentos que mais cresceram em números de redes em 2009: alimentação e bebidas; calçados e acessórios pessoais; educação e treinamento; saúde, beleza e produtos naturais.
O resultado consta em pesquisa do Grupo Bittencourt de empresas especializadas em expansão e gestão de negócios em rede com 117 donos de redes de franquias em todo território nacional.
A capacitação da rede de franqueados foi citada por 31,36% dos entrevistados, enquanto o relacionamento da rede e “ter o franqueado correto” foi lembrado por 28,40%. Recursos financeiros tiveram 6,51% das respostas e tecnologia contou com 5,33% das opiniões. “Tornar tangível esse apoio e orientação representa um grande desafio para os franqueadores”, defende a diretora do Grupo Bittencourt, Claudia Bittencourt.
Capacitação
Na questão sobre quem aplica os programas de capacitação, mais de 70% dos pesquisados afirmaram que utilizam recursos internos, sendo que 52,26% utilizam os consultores de campo e 21,94% acionam o Recursos Humanos da própria franqueadora. Somente 7,10% recorrem a empresas terceirizadas.
Programas de capacitação são aplicados por mais de 90% dos franqueadores, sendo que 45,06% são destinados a franqueados e funcionários, 38,27% para franqueados e gerentes, 7,41% somente para franqueado e 7,41% só para os funcionários da franquia.
Em empresas com menos de 30 unidades, 37,84% dos pesquisados treinam seus funcionários semestralmente e 16,22% aplicam os programas só anualmente. Já em redes com mais de 30 unidades, a maioria treina seus funcionários mensal (25,93%) ou trimestralmente (25,93%).
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Motivação
Dentre as ações que os franqueadores utilizam para motivar os franqueados, em primeiro lugar, 22,96% fazem comunicação periódica, 19,90% adotam convenções e eventos, 15,56% estimulam a participação nas decisões da rede, 9,69% promovem incentivos no marketing e nos royalties, 4,85% adotam plano de benefícios atrelados a cumprimento de metas, 4,83% concedem bonificações por desempenho e 2,55% usam outros meios de incentivos.
Segundo a análise da diretora do grupo, o que estimula de fato é a participação nas decisões das redes. “Esse quesito precisa ser mais trabalhado pelos franqueadores. Não dá para esperar que uma convenção de franqueadores uma vez por ano seja suficiente para garantir a troca de conhecimento entre os profissionais das redes”, afirma Claudia.
Reter talentos
Entre os pesquisados pelo menos 26,92% responderam que oferecem bônus e premiações aos seus funcionários, 24,23% consideram a boa remuneração um fator de retenção, 18,85% investem em capacitação, enquanto 10,77% optam por pacotes de benefícios e 3,85% realizam atividades sociais.
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“Esse dado demonstra que os franqueadores destacam a remuneração como fator de retenção, mas, na hora de avaliar, dizem que o valor está na média de mercado. Logo o que seria um incentivo não passa de uma faixa de mercado e não garante a retenção’, analisa Claudia Bittencourt.
Claudia disse também que remuneração variável (38,76%), vale-alimentação (31,58%) e assistência médica (17,70%) são relevantes, mas não suficientes para reter talentos. Segundo a especialista, a adoção de medidas pontuais, como participação nos lucros e bônus, deveria ser considerada. “Remuneração e bônus são ações eficientes para manter talentos e o estudo mostra que as redes estão fazendo isso, mas no momento em que investirem em outras ações, como plano de carreira e pacotes de benefícios, os resultados podem surpreender”, conclui.