Ranking revela melhor país do mundo para se aposentar; Brasil fica perto da lanterna

Levantamento avaliou tanto sistemas públicos de aposentadorias quanto os planos de previdência privada de 48 países

Janize Colaço

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O Brasil ficou perto da lanterna na lista dos melhores sistemas previdenciários do mundo. No ranking de 2024, a consultoria Mercer, em parceria com a CFA Institute, avaliou as aposentadorias de 48 países, considerando três critérios: adequação, sustentabilidade e integridade. As notas máximas foram conquistadas pela Holanda, Islândia, Dinamarca e Israel, respectivamente.

No relatório, a consultoria frisa que os desafios globais relacionados às aposentadorias estão aumentando, tanto devido às mudanças demográficas quanto econômicas. “O envelhecimento da população, a queda nas taxas de fertilidade e o aumento da expectativa de vida têm pressionado os sistemas de previdência em diversos países”, aponta o estudo.

Junto às questões demográficas, as taxas de juros elevadas e o aumento dos custos de cuidados com a saúde também têm contribuído negativamente para manter os sistemas previdenciários saudáveis. Vale lembrar que, no Brasil, a Selic segue acima de 10% ao ano desde 2022.

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Os melhores países para se aposentar em 2024

Para elaborar o ranking dos países com as melhores aposentadorias, o estudo Mercer CFA Institute Global Pension Index (MCGPI) avalia tanto sistemas públicos — como o brasileiro, que conta com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — como os planos de previdência privada de cada país. A média global obteve uma pontuação de 63,4, com os países com os melhores sistemas ultrapassando os 80 pontos, enquanto as menores classificações foram inferiores a 50 pontos.

Confira abaixo o ranking global:

  1. Holanda (84,8)
  2. Islândia (83,4)
  3. Dinamarca (81,6)
  4. Israel (80,2)
  5. Cingapura (78,7)
  6. Austrália (76,7)
  7. Finlândia (75,9)
  8. Noruega (75,2)
  9. Chile (74,9)
  10. Suécia (74,3)
  11. Reino Unido (71,6)
  12. Suíça (71,5)
  13. Uruguai (68,9)
  14. Nova Zelândia (68,7)
  15. Bélgica (68,6)
  16. México (68,5)
  17. Canadá (68,4)
  18. Irlanda (68,1)
  19. França (68)
  20. Alemanha (67,3)
  21. Croácia (67,2)
  22. Portugal (66,9)
  23. Emirados Árabes Unidos (64,8)
  24. Casaquistão (64)
  25. Hong Kong (63,9)
  26. Espanha (63,3)
  27. Colômbia (63)
  28. Arábia Saudita (60,5)
  29. Estados Unidos (60,4)
  30. Polônia (56,8)
  31. China (56,5)
  32. Malásia (56,3)
  33. Brasil (55,8)
  34. Botsuana (55,4)
  35. Itália (55,4)
  36. Japão (54,9)
  37. Peru (54,7)
  38. Vietnã (54,5)
  39. Taiwan (53,7)
  40. Áustria (53,4)
  41. Coreia do Sul (52,2)
  42. Indonésia (50,2)
  43. Tailândia (50)
  44. África do Sul (49,6)
  45. Turquia (48,3)
  46. Filipinas (45,8)
  47. Argentina (45,5)
  48. Índia (44)

Na 33ª posição do ranking, o Brasil conquistou uma pontuação média de 55,8. O país recebeu uma nota C no ranking, principalmente devido à baixa integridade e à sustentabilidade do sistema — que ocupam a 39ª e 44ª posição, respectivamente, nesses critérios. Com isso, embora os benefícios pagos aos aposentados tenham sido considerados adequados (o país aparece em 20º lugar nesse quesito), a capacidade do sistema de sustentar esses pagamentos no futuro é questionável.

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