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Embora as funcionalidades da moeda digital projetada pelo Banco Central (BC) sejam voltadas para o atacado — serão as instituições financeiras que farão transações com o Drex –, a intenção da autarquia é que os produtos desenvolvidos sejam voltados a toda a população.
“Queremos que a inovação seja feita em serviços para todos, não só em produtos sofisticados”, disse Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central, na abertura do Blockchain Rio.
O Drex será usado para digitalizar operações, mas não estará diretamente nas carteiras das pessoas. Baseado na tecnologia blockchain, a mesma em que são criados os criptoativos, o sistema está em testes para ser a base para registro de contratos financeiros. Para casos de pagamento, o Brasil já foi pioneiro na criação e no uso do PIX.
O piloto começou a rodar em abril de 2023. Neste segundo semestre, durante a fase dois do projeto, as instituições participantes estão realizando testes dos casos de uso do Drex. No fim do ano, o BC planeja abrir uma chamada para novos participantes, informou Araújo.
A moeda digital é sustentada pela Tecnologia de Registro Distribuído (DLT), na sigla em inglês. Nela, são possíveis rodar códigos programáveis chamados de contratos inteligentes. Uma das possibilidades em estudo é que estes contratos controlem, de forma digital, segura e instantânea, a transferências de bens como imóveis e automóveis.