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Québec impôs uma norma diferente para tentar ampliar o número de vacinados contra a Covid-19. Só poderão comprar bebidas alcoólicas ou maconha na província os residentes imunizados.
A medida, que passará a valer no dia 18 deste mês na província do Canadá, já surtiu efeito: houve aumento de 300% na procura por vacinas disponíveis contra o coronavírus, declarou o ministro da Saúde local, Christian Dubé.
Os números mais atualizados do órgão de saúde local mostram que os agendamentos diários para receber a primeira dose de imunizantes contra a Covid-19 saltaram de 1.500 para 6.000.
A província também planeja fazer com que adultos que se recusam a tomar vacina paguem uma “contribuição de saúde”. A medida deverá estimular o debate sobre direitos individuais e responsabilidade social.
O primeiro-ministro canadense, François Legault, disse, em entrevista nessa terça-feira (11), que a proposta, cujos detalhes ainda estão sendo definidos, não se aplicaria àqueles que não podem ser vacinados por razões médicas.
Pessoas não vacinadas prejudicam as demais, e o Ministério das Finanças da província está determinando quantia “significativa” que os moradores não vacinados seriam obrigados a pagar, disse Legault, acrescentando que o valor não seria inferior a 100 dólares canadenses (US$ 79,5).
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Política de restrições
Governos em todo o mundo têm estabelecido restrições de movimento aos não vacinados, mas um imposto abrangente sobre todos os adultos nessa condição pode ser medida rara e controversa.
Embora a cobrança possa ser justificada no contexto de emergência de saúde, sobreviver a provável contestação judicial dependerá dos detalhes, disse Carolyn Ells, professora de medicina e ciências da saúde da Universidade McGill.
Ela manifestou surpresa com o fato de o governo dar um passo tão “dramático” agora, quando ainda restam opções para expandir a obrigatoriedade de vacinas.
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Províncias do Canadá enfrentam aumento exponencial de casos de Covid-19, que tem forçado dezenas de milhares de pessoas ao isolamento e sobrecarregado o sistema de saúde.
A variante Ômicron, altamente transmissível, dificultou contenção da disseminação, e especialistas em saúde alertam para a importância de se vacinar com duas ou três doses.
Com informações da Reuters e Agência Brasil