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Qual será o destino dos milhares de carros danificados por água e lama no RS?

Carros com sinistros leves devem ser recuperados, modelos com perda total podem ir para leilão ou desmonte

Gilmara Santos

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As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul devem resultar numa perda estimada de ao menos 200 mil veículos, segundo cálculos realizados pela Bright Consulting, consultoria especializada no setor automotivo.

Com as águas baixando, a dúvida é sobre o que será feito com os veículos que foram tomados por água e lama. Paulo Miguel Junior, vice-presidente do conselho gestor da ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis), explica que veículos com sinistros (ocorrência do risco previsto no contrato de seguro) leves devem ser recuperados.

“Os carros com danos mais severos, principalmente na parte eletrônica, provavelmente irão à venda em leilões”, diz. Há possibilidade ainda de que algumas unidades sejam encaminhadas para desmonte e reaproveitamento de peças.

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“Os processos de remoção e preservação dos veículos vêm ocorrendo e têm sido acompanhados in loco por nossas equipes e parceiros, garantindo uma avaliação minuciosa dos danos e um direcionamento mais adequado desses automóveis em relação à destinação de cada um”, diz Marcio Probst, Chief Claims & Operation Officer do Grupo HDI.

A Tokio Marine, por exemplo, está removendo os veículos para os pátios de seus leiloeiros, onde estão sendo lavados e higienizados. “Posteriormente, vamos fazer uma avaliação de cada veículo, a partir da qual tomaremos as medidas cabíveis, sempre avaliando caso a caso”, diz Adilson Lavrador, diretor-executivo de operações, tecnologia e sinistros da Tokio Marine.

A Mapfre explica que os veículos que sofreram perda total são oficialmente baixados e destruídos, com materiais recicláveis, como ferro e aço, enviados para reaproveitamento em siderúrgicas.

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“Esse procedimento assegura a destinação correta dos resíduos, em conformidade com a legislação ambiental e de segurança. Nos casos em que a recuperação é viável, o processo inclui a retirada de fluidos e contaminantes, seguida de uma limpeza profunda e revenda em leilão”, afirma Roberto de Antoni, diretor-geral de operações da Mapfre.

Gilmara Santos

Jornalista especializada em economia e negócios. Foi editora de legislação da Gazeta Mercantil e de Economia do Diário do Grande ABC