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Vídeos que mostram a explosão de panelas de pressão têm se multiplicado na internet. As cenas deixam claro o perigo que muita gente corre se não seguir à risca o jeito certo de uso do utensílio, que acelera o cozimento dos alimentos e funciona como atalho no preparo das refeições.
Especialistas consultados pelo InfoMoney ressaltam que o equipamento necessita de manutenção regular. Outra regra de ouro para evitar acidentes é não manusear a panela enquanto ela estiver com pressão (veja dicas abaixo).
Mas, caso o pior aconteça, e a panela de pressão entrar numa pane seguida de uma explosão, a pergunta é: os danos têm cobertura de seguro? A resposta é sim.
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A explosão de panela de pressão, assim como a de outros equipamentos, tem cobertura básica dentro do seguro residencial e está disponível em todos os planos.
“A cobertura básica do seguro residencial inclui explosão de qualquer tipo, além de incêndio e queda de raio”, explica Magda Truvilhano, vice-presidente da comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais).
Outra coberturas, como a queda de um telhado ou vidros quebrados, vão depender do pacote contratado pelo segurado.
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É importante lembrar ainda que o seguro residencial cobre os danos causados ao imóvel. Caso o acidente atinja o segurado e ele precise de cuidados médicos ou vá a óbito, o seguro a ser acionado é o de vida.
Magda alerta, no entanto, que a explosão não está coberta quando o cliente agrava o risco, fazendo mau uso do equipamento que explodiu. Uma colher segurando a tampa da panela de pressão e válvula de escape fechada com parafuso são algumas situações em que o seguro pode se recusar a pagar a indenização.
“Assim como qualquer cobertura, se agravar o risco, a seguradora pode não pagar. Se foi uma explosão acidental, o cliente terá direito à indenização”, explica.
O valor da apólice de um seguro residencial varia conforme:
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- se é casa ou apartamento;
- onde está localizada a moradia;
- e qual será o tamanho da contratação.
Dicas para evitar acidentes
O Corpo de Bombeiros do Ceará elenca os cuidados para evitar acidentes com panela de pressão. Confira:
- Manutenção – Mantenha a panela de pressão com a manutenção em dia, ou seja, limpe com regularidade a válvula de pressão e a válvula de segurança, retirando toda a obstrução que normalmente se forma por meio de gordura. A borracha de vedação deve ser sempre trocada quando apresentar desgastes. A maioria dos acidentes ocorrem pelo não alívio na pressão da panela por meio da válvula de pressão.
- Uso diário – Coloque os condimentos e temperos após o cozimento dos alimentos. Primeiramente se amolece os alimentos com a pressão e somente depois se coloca os temperos. Esse procedimento diminui o risco de obstrução da válvula e, consequentemente, de acidentes.
- Volume de alimentos – Não ultrapasse o volume de alimento e água indicados no manual de instrução. O correto é usar 65% da capacidade do utensílio, ou seja, se é um recipiente com capacidade de 5 litros, deve-se colocar um volume de apenas três litros.
- Tempo de permanência no fogo – Observe o som característico da panela, que quer dizer que a fase de cozimento do alimento se iniciou. A partir desse momento é preciso atenção aos tempos de cozimento de cada alimento, que são distintos.
- Válvula – Observe, enquanto a panela estiver no fogo, se a válvula está funcionando normalmente, se está aliviando ou não a pressão. Se a válvula não estiver liberando pressão, provavelmente estará obstruída e o alívio deverá ser feito mecanicamente. Para isso, basta levantar a válvula de pressão suavemente e, após o uso, limpá-la adequadamente, retirando toda a gordura.
- Cabo – O posicionamento do cabo da panela também é um item de segurança. Ele deve estar sempre voltado para o interior do fogão, e nunca para fora, evitando que, acidentalmente, a panela seja derrubada.
- Abrir a panela – Nunca abra a panela de pressão sem verificar se toda a pressão foi liberada.
Incêndios elétricos
Além da panela de pressão, outra fonte que também leva a muitas explosões é o gás de cozinha. Magda, da FenSeg, comenta que, desde a pandemia, as seguradoras têm observado também o aumento de incêndios elétricos.
Isso porque o home office sobrecarregou a rede elétrica das casas e muitas pessoas passaram a usar adaptadores para ligar equipamentos. Essas extensões podem sobrecarregar a tomada e causar um curto-circuito.
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Os incêndios elétricos também estão cobertos pelo seguro, mas assim como no caso das explosões, o segurado não pode agravar o risco, como sobrecarregar tomadas ligando vários aparelhos juntos, sob pena de ter a cobertura recusada pela seguradora.
Incêndios podem ocorrer por diversos motivos. Recentemente, a atriz Maísa Silva estava em um apartamento que pegou fogo no Recife (PE). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou com um curto-circuito no ar condicionado. Ninguém ficou ferido.
A mesma sorte não teve Zé Celso Martinez, diretor do Teatro Oficina, em São Paulo. O artista não resistiu aos ferimentos sofridos durante um incêndio em seu apartamento, localizado na capital paulista. Laudo pericial indicou que o fogo começou em um aquecedor elétrico que ficava no quarto dele.
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Aumento na demanda
Levantamento realizado pela FenSeg mostra aumento de 25% no índice de penetração do seguro residencial entre 2017 e 2021. A participação, que era de 13,6% no primeiro ano da série histórica, saltou para 17%, o que representa 12,7 milhões de residências seguradas em todo país.
Dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados) compilados pela Fenseg mostram um aumento de 15% no total de prêmios emitidos para seguro residencial nos 5 primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Confira:
Período | Prêmio emitido |
Janeiro a maio de 2022 | 1.682.181.286 |
Janeiro a maio de 2023 | 1.933.822.985 |