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GONÇALVES (MG) – O Procon-SP informou, nesta terça-feira (5), que vai notificar o WhatsApp devido ao “apagão” que deixou o aplicativo de troca de mensagens fora de operação nesta segunda (4).
De acordo com o órgão paulista de defesa do consumidor, o aplicativo também poderá ser multado, caso haja o entendimento de que a pane causou danos morais e materiais notórios à população. A multa pode atingir cerca de R$ 10,7 milhões.
O valor é calculado a partir da “gravidade da infração, da vantagem auferida e da condição econômica do fornecedor”, disse, por nota, o Procon.
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O WhatsApp, o Facebook e o Instagram, todos pertencentes ao conglomerado de mídias sociais de Mark Zuckerberg, ficaram inoperantes em nível global. No Brasil, a pane durou entre seis e sete horas.
Segundo Fernando Capez, presidente do Procon-SP, “muitas pessoas sofreram prejuízos em razão da prestação deficiente do serviço”.
Além de a falha ter impedido a comunicação de pessoas em todo o globo, muitos negócios que utilizam o aplicativo para comercializar produtos e serviços registraram perdas no faturamento devido ao erro.
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De acordo com Capez, o Procon-SP vai buscar saber do aplicativo os motivos que causaram a interrupção do serviço de troca de mensagens e, a partir das explicações dadas pela empresa, avaliar quais medidas serão tomadas.
O presidente do órgão exemplificou que só um evento de grande magnitude e fora de controle da empresa poderia livrar o aplicativo de sanções administrativas. “Somente um caso fortuito externo, um terremoto, um evento muito forte, poderá isentar o WhatsApp de responsabilidade”, afirmou.
“Falhas internas não eximem de responsabilidade a prestadora de serviço”, completou o gestor do órgão paulista.
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Para o Procon, os consumidores que se sentiram prejudicados com a queda dos serviços do WhatsApp “deverão aguardar as informações prestadas pelo WhatsApp ao [órgão]”.
O WhatsApp disse, por nota enviada ao InfoMoney, que trabalhou com afinco para restaurar o serviço o mais rápido possível, o que aconteceu no mesmo dia. Apesar de ainda não ter sido notificado pelo Procon-SP, o aplicativo afirmou que “permanece à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos necessários”.
Causas do apagão
A pane no funcionamento das redes sociais do grupo de Mark Zuckerberg foi ocasionada por uma falha interna dos sistemas e não por um ataque hacker.
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“Queremos esclarecer que, desta vez, acreditamos que a causa da queda foi uma mudança de configuração”, afirmou, por nota, o Facebook.
O mesmo problema foi apontado como a causa para tirar do ar a rede social em junho deste ano. Na ocasião, o Facebook ficou ao menos 2h30 sem funcionar.
Na pane com consequências globais desta segunda, o Facebook disse que o problema começou durante a mudança numa estrutura que coordena o tráfego entre seus centros de dados, o que gerou um efeito cascata que travou a comunicação e afetou outros centros da empresa levando o “apagão” ao WhatsApp e ao Instagram.
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Técnicos foram deslocados ao centro de dados da empresa, em Santa Clara, na Califórnia. Lá, fizeram um “reset” manual que, no jargão da TI, significa uma reinicialização dos servidores, para os sistemas da empresa voltarem a operar.
O grupo Zuckerberg também disse que o problema afetou “muitas ferramentas e sistemas que utilizamos em nossas operações diárias” e isso teria complicado “as tentativas de diagnosticar e resolver o problema rapidamente”.
O Facebook reforçou que não é possível afirmar, no momento, que dados de seus usuários tenham sido vazados durante a pane. Os aplicativos do grupo concentram cerca de 2,7 bilhões de inscritos.
O grupo de mídias sociais pediu desculpas pelo transtornos ocorridos durante o apagão. “A todas as pessoas e empresas que dependem de nós, lamentamos o transtorno causado pela interrupção de nossas plataformas”, disse.
Instabilidades nos apps de mensagens
Serviços de trocas de mensagens, que funcionam como alternativas ao WhatsApp, também apresentaram instabilidades com a ausência das gigantes do setor de mídias sociais nesta segunda..
O Telegram vez ou outra caiu e gerou reclamações de muitos usuários, horas depois de o WhatsApp sair do ar. As broncas se concentraram, em sua maioria, sobre o funcionamento do app pelo celular.
“Ok. O Telegram também caiu. O que é isso Brasil? Apocalipse tecnológico”, escreveu uma internauta pelo Twitter.
Outra rede que apresentou instabilidades e queixas foi o Teams. O aplicativo muito usado para troca de mensagens nas empresas também teve pico de instabilidades.
A única grande rede social que se manteve incólume durante o apagão foi o Twitter, que virou um oásis de memes contra a situação registrada pelos concorrentes.
Os serviços de internet disponibilizados pelas operadoras de telefonia também foram criticados pelos usuários.
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