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GONÇALVES (MG) – Especialistas do setor automotivo dão como certo o aumento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para carros licenciados no estado de São Paulo. Esse tipo de imposto, cobrado pelos estados, incide anualmente sobre todo tipo de veículo, como carros de passeio, motos, ônibus e caminhões.
Geralmente se soma aos encargos que milhões de brasileiros precisam arcar já nos primeiros meses de cada ano. A notícia de um possível aumento deixa as famílias apreensivas porque já lidam com a alta dos combustíveis, alimentos e dos seguros.
Para Raphael Galante, economista especializado no segmento automotivo. a expectativa de aumento do imposto está atrelada à supervalorização do carro neste ano. “O valor do imposto é baseado no preço do valor venal do veículo, que subiu muito”, afirma.
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A explicação para a valorização do “quatro rodas” está na crise pela qual o setor automotivo enfrenta no momento. A pandemia de Covid-19 afetou as linhas de montagem, que estão com a capacidade de produção mais reduzida por causa da falta de peças, sobretudo, os semicondutores.
Segundo a Anfavea (entidade que representa as montadoras), a produção de veículos recuou 21,3% em setembro ante o mesmo mês do ano anterior. Foram produzidas 173,3 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários, caminhões e ônibus –o resulto teve alta de 5,6% em relação a agosto.
A queda do nível de produção elevou o preço dos carros novos. Os usados também apresentam grande valorização.
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Reportagem do InfoMoney mostrou, a partir de dados do Monitor de Variação de Preços da consultoria automotiva Kelley Blue Book (KBB), que os modelos 2022 tiveram acréscimo médio de 2,59% em setembro (dado mais atual). Nesse patamar, a média de alta no terceiro trimestre do ano fechou em 5,31%.
No acumulado do ano, com dados até setembro, os modelos 0 km apresentam 13% de alta nos preços, de acordo com a KBB. Os usados (veículos com até três anos de rodagem) acumulam 11,12% de aumento neste ano (dados até setembro), sendo os modelos 2018 os com mais avanço de valor, com 14,87% de alta, segundo a consultoria automotiva.
Para a Secretaria da Fazenda e Planejamento do governo de João Doria (PSDB) ainda é cedo para se falar em aumento do IPVA em território paulista.
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O IPVA é calculado a partir do valor venal para cada modelo de veículo na tabela da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que é encomendada pela secretaria para emitir o valor do imposto aos contribuintes com carros licenciados em São Paulo.
“A tabela de valores venais, encomendada de maneira específica pela Sefaz-SP à Fipe, tem como base o mês de setembro e deverá ser recebida em novembro, com publicação específica em dezembro”, afirma, por nota, a secretaria.
Segundo a pasta da Fazenda, o calendário do IPVA 2022 segue em elaboração, e a alíquota do imposto permanece em 4% no estado de São Paulo.
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Mesmo não batendo o martelo sobre o aumento, a pasta exemplifica: “se um veículo, em setembro de 2021, estiver mais valorizado do que em setembro de 2020, o valor a recolher do IPVA será maior que o valor do IPVA recolhido em 2021”.
“Ainda assim, não se pode afirmar que, pela primeira vez, o IPVA será mais caro de um ano para outro pois a tabela de valores venais considera o valor individual de cada marca/modelo e já ocorreram variações positivas no valor venal de alguns veículos em anos anteriores”, esclarece, por nota, a secretaria.
Os contribuintes do estado de São Paulo têm um atalho para não deixar o IPVA atrapalhar o planejamento das finanças em 2022. Até 31 de outubro, é possível abater o valor do IPVA total ou parcialmente com os créditos da Nota Fiscal Paulista.
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Clique aqui e saiba como fazer o resgate dos créditos da Nota Fiscal Paulista para o IPVA.
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