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Plano de saúde individual deve ter aumento de 6,5% em 2025, diz jornal

Planos coletivos ou empresariais não são regulamentados pela ANS e, portanto, não estão sujeitos a esse teto de reajuste

Gilmara Santos

Aumento dos planos de saúde coletivos foi maior do que nos individuais
Aumento dos planos de saúde coletivos foi maior do que nos individuais

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Os planos de saúde individuais devem ter um aumento de 6,5% no próximo ano, de acordo com uma análise do Citi publicada pelo jornal Valor Econômico.

Neste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu o índice de reajuste anual dos planos de saúde individuais e familiares regulamentados (contratados a partir de 1º de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98) em 6,91%.

Os planos coletivos ou empresariais não são regulamentados pela ANS e, portanto, não seguem esse teto de aumento. Neste ano, o reajuste para esse grupo variou entre 18% e 25%.

Cerca de 8 milhões de beneficiários possuem planos individuais ou familiares, o que representa 15,6% dos 51 milhões de consumidores de planos de assistência médica no Brasil, conforme os últimos dados divulgados pela agência.

Resultados

A ANS divulgou nesta terça-feira (10) os dados econômico-financeiros relativos ao 3º trimestre de 2024.

Considerando os dados acumulados dos três primeiros trimestres de 2024, as informações financeiras enviadas pelas operadoras de planos de saúde e pelas administradoras de benefícios à ANS demonstram que o setor registrou um lucro líquido de R$ 8,7 bilhões de janeiro a setembro de 2024, um aumento de 178% em relação ao mesmo período de 2023.

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Esse resultado equivale a aproximadamente 3,33% da receita total acumulada no período, que foi superior a R$ 261 bilhões. Ou seja, para cada R$ 100 de receitas, o setor teve cerca de R$ 3,33 de lucro.

As operadoras médico-hospitalares — que são o principal segmento do setor — impulsionaram o lucro total, somando um lucro líquido de R$ 8 bilhões até o final de setembro deste ano.

De acordo com Jorge Aquino, diretor de normas e habilitação das operadoras, o desempenho desse segmento até o 3º trimestre de 2024 indica que a recuperação dos resultados está ligada às suas atividades diretas.

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“Houve um saldo positivo de R$ 3 bilhões na diferença entre as receitas e despesas diretamente relacionadas às operações de assistência à saúde, um patamar próximo ao dos anos pré-pandemia de Covid-19. Essa recuperação do resultado operacional ocorreu em todas as modalidades, exceto nas autogestões, que registraram um prejuízo operacional de R$ 1,7 bilhão, um pouco maior que no mesmo período do ano anterior”, diz Aquino.

A remuneração das aplicações financeiras acumuladas pelas operadoras médico-hospitalares — que totalizaram R$ 118,5 bilhões ao final de setembro — continua a contribuir fortemente para a composição do seu resultado líquido total. No acumulado dos nove meses de 2024, o resultado financeiro foi positivo em R$ 6,9 bilhões, próximo ao recorde do ano anterior e ainda superior aos resultados de 2018 e 2019 (pré-pandemia).

Sinistralidade

Um relatório do 3º trimestre divulgado pelo Itaú BBA indica uma melhora significativa na sinistralidade da indústria e da maioria dos players em comparação ao mesmo período do ano passado. A sinistralidade médica do setor neste trimestre foi de 85,3%, ante 88,6% em 2023.

Gilmara Santos

Jornalista especializada em economia e negócios. Foi editora de legislação da Gazeta Mercantil e de Economia do Diário do Grande ABC