Pix offline? Itaú testa pagamento por aproximação com celular; veja como funciona

Funcionalidade visa viabilizar pagamentos sem conexão à internet; ainda não há previsão de lançamento para consumidores

Paulo Barros

(Shutterstock)
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O Itaú está testando uma nova forma fazer Pix sem precisar de conexão com a internet. A solução envolve o pagamento por aproximação utilizando um celular habilitado previamente pelo usuário.

A novidade visa atender principalmente a uma camada equivalente a cerca de 20% da população que enfrenta problemas de conexão e que, por isso, tem dificuldades de realizar Pix no dia a dia.

O projeto lança mão da tecnologia NFC (near field communication), que vem equipada na maioria dos smartphones atuais e que permite pagamentos por aproximação.

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“Nosso objetivo é alavancar o uso do Pix através do NFC e garantir mais alcance através de pagamento offline para novos públicos ou determinadas regiões”, disse Bianca de Oliveira Santos, coordenadora de Relações e Inovações Regulatórias do Itaú, durante o evento Lift Day, promovido pelo Banco Central nesta terça-feira (25).

Pela proposta, um cliente do banco poderia efetuar transações aproximando o celular do terminal de pagamento, mesmo que o aparelho esteja offline.

Por ora, o Pix offline por aproximação não tem previsão para chegar ao usuário final.

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Como deve funcionar?

Para funcionar, o recurso exige que o recebedor tenha um dispositivo conectado à internet.

O procedimento seria realizado pelo aplicativo, que também não precisaria de conexão para liberar o pagamento: bastaria encostar no celular do destinatário e usar a biometria no próprio telefone para autenticar a operação.

Caso o recebedor não tenha um celular com NFC, o pagador teria a opção de criar um QR Code offline para concluir a transação — nesse caso, o estabelecimento precisaria ler o QR Code para receber o pagamento.

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Embora tenha sido desenvolvida pelo Itaú, a funcionalidade pode ser absorvida pelo Banco Central e disponibilizada no futuro para outras instituições.

Para isso, no entanto, é preciso ainda discutir a padronização da criptografia a ser utilizada na comunicação para garantir a segurança dos dados, além de eventuais ajustes regulatórios para acomodar a novidade. Assim, deve levar um tempo para esse recurso chegar no dia a dia dos consumidores.

Paulo Barros

Editor de Investimentos