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O índice de fraudes relacionado ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos, é de 0,007% das transações, afirmou Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central (BC).
O dado considera a média da quantidade de “notificações de infração” em transações que foram confirmadas pelas instituições envolvidas no período entre dezembro de 2021 e junho de 2023 — foram realizadas no período analisado cerca de 43 bilhões de transações Pix.
Gomes compartilhou a informação durante uma live no canal do BC no YouTube na segunda-feira (4) para divulgar o “Relatório de Gestão do Pix”.
Em nota ao InfoMoney, o BC explica que o registro de notificação de infração era facultativo antes de dezembro de 2021, por isso, para extrair essa informação de 0,007% é considerado o período a partir dessa data até junho deste ano, dado mais recente. O dado considera apenas as transações marcadas pelas instituições com os termos “fraude” ou “fraude associada a devolução”.
Principais fraudes
Segundo Gomes, o Pix está envolvido em dois tipos de fraudes:
- engenharia social: quando o criminoso induz/estimula o usuário a fazer um Pix e só depois a vítima descobre que era uma fraude e que foi enganada; e
- contas fraudulentas: quando alguém abre uma conta falsa e depois faz uso de serviços financeiros à revelia do verdadeiro consumidor.
Em função dessas ameaças, as instituições financeiras tiveram que aperfeiçoar seus processos de abertura de contas e promover melhorias na identificação de contas “laranjas”, conforme explicou Gomes.
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“O BC e as instituições têm promovido ações para educar a população, mas a fraude acontece em qualquer meio de pagamento. E quanto mais desatento o consumidor estiver mais problemas acontecem. Por isso, todos precisam ficar atentos aos sinais de fraudes”, disse o executivo.
Gomes não deu detalhes de quais são os sinais, mas o InfoMoney separou algumas dicas de segurança para que os usuários se protejam contra a engenharia social, a partir de recomendações da PSafe, empresa de segurança digital. Veja:
- Evite clicar em links para fazer uma transferência;
- Caso precise receber o Pix de uma pessoa desconhecida, envie uma chave aleatória. Use seu CPF ou dados pessoais apenas para pessoas que você conhece;
- Nunca faça uma transferência, nem realize pagamentos de emergência sem antes ligar para a pessoa que vai receber o dinheiro (sem usar a ligação do WhatsApp), e confirmar a sua real identidade;
- Procure duvidar mais das informações compartilhadas na internet, principalmente, quando se tratar de supostas promoções, brindes, descontos ou propostas fora da realidade. Os links podem sem falsos ou terem links maliciosos;
- Restrinja a visualização do seu perfil nas redes sociais apenas para pessoas conhecidas e oculte sua foto do WhatsApp (há uma opção para que apenas seus contatos vejam a foto). Para isso, vá nas configurações do aplicativo, selecione “conta” e depois “privacidade”. Em “foto do perfil”, selecione a opção “meus contatos”;
- Desconfie de todos os links compartilhados via troca de mensagens e redes sociais.