Fraudes alcançam 0,007% das transações com Pix, afirma diretor do Banco Central

Engenharia social e 'contas laranjas' são os golpes mais comuns relacionados ao sistema de pagamentos

Giovanna Sutto

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Pix é o pagamento instantâneo brasileiro (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Publicidade

O índice de fraudes relacionado ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos, é de 0,007% das transações, afirmou Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central (BC).

O dado considera a média da quantidade de “notificações de infração” em transações que foram confirmadas pelas instituições envolvidas no período entre dezembro de 2021 e junho de 2023 — foram realizadas no período analisado cerca de 43 bilhões de transações Pix.

Gomes compartilhou a informação durante uma live no canal do BC no YouTube na segunda-feira (4) para divulgar o “Relatório de Gestão do Pix”.

Continua depois da publicidade

Em nota ao InfoMoney, o BC explica que o registro de notificação de infração era facultativo antes de dezembro de 2021, por isso, para extrair essa informação de 0,007% é considerado o período a partir dessa data até junho deste ano, dado mais recente. O dado considera apenas as transações marcadas pelas instituições com os termos “fraude” ou “fraude associada a devolução”.

Principais fraudes

Segundo Gomes, o Pix está envolvido em dois tipos de fraudes:

Em função dessas ameaças, as instituições financeiras tiveram que aperfeiçoar seus processos de abertura de contas e promover melhorias na identificação de contas “laranjas”, conforme explicou Gomes.

Continua depois da publicidade

“O BC e as instituições têm promovido ações para educar a população, mas a fraude acontece em qualquer meio de pagamento. E quanto mais desatento o consumidor estiver mais problemas acontecem. Por isso, todos precisam ficar atentos aos sinais de fraudes”, disse o executivo.

Gomes não deu detalhes de quais são os sinais, mas o InfoMoney separou algumas dicas de segurança para que os usuários se protejam contra a engenharia social, a partir de recomendações da PSafe, empresa de segurança digital. Veja:

Giovanna Sutto

Jornalista com mais de 6 anos de experiência na cobertura de finanças pessoais, meios de pagamentos, economia e carreira. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.