Pix é usado por 71% dos brasileiros; taxa de aprovação chega a 99% entre jovens, indica pesquisa da Febraban

A maior resistência para uso da ferramenta está entre pessoas de baixa renda e as de menor escolaridade, mas ainda assim em patamares de adesão acima de 50%

Estadão Conteúdo

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Pix é o pagamento instantâneo brasileiro (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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O Pix, sistema de transferências e pagamentos instantâneos do Banco Central, que completou um ano recentemente, já é usado por 71% dos brasileiros. A taxa de aprovação aumentou nove pontos em 12 meses e chegou a 85%, mostra pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada nesta terça-feira (28). Há um ano, a aprovação era de 76%.

Entre os jovens (18 a 24 anos), a aprovação do Pix chega a 99%, patamar semelhante à faixa etária seguinte (25 a 44 anos), com 96%. Já entre os que têm mais de 60 anos, o porcentual de aprovação cai para 65%, de acordo com a quarta edição do Radar Febraban.

A maior resistência para usar o Pix é entre as pessoas de baixa renda e os de menor escolaridade, mas ainda assim em patamares de adesão superiores a 50%. Dos que têm até a escolaridade fundamental, 53% utilizam o Pix, enquanto no grupo de pessoas com renda de até dois salários mínimos, a taxa de adesão ao sistema do BC é de 64%.

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No Pix, para um terço dos entrevistados, há uma diferença sobre a percepção de segurança do serviço. Para 32%, o sistema dos bancos é mais seguro do que o oferecido por fintechs. Já outros 32% destacam que o sistema é igualmente seguro nos dois tipos de instituições.

Golpes

Entre os entrevistados, 22% afirmaram já ter sido vítimas de golpes ou tentativa de fraude, patamar semelhante ao levantamento feito em setembro (21%). Já entre os mais velhos, acima de 60 anos, esse porcentual sobe para 30%.

Entre os que foram vítimas de tentativas de golpes, 69% afirmaram que nunca caíram na armadilha. O golpe reportado como mais comum pelos entrevistados (48%) foi a tentativa de clonagem do cartão ou troca de cartão.

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Já o golpe em que criminosos fazem ligações fazendo se passar pela central de atendimento do banco e pedem dados pelo telefone subiu de 18% em setembro para 28% agora.

Em terceiro lugar, a tentativa de fraude mais comum é via WhatsApp, em que alguém se passa por um conhecido solicitando dinheiro, com 24% dos relatos.

A Febraban quis saber dos entrevistados sobre a confiança nas empresas, bancos e fintechs. Nos bancos, a confiança caiu de 60% em setembro, na edição anterior da pesquisa, para 58%; nas fintechs, houve recuo um pouco maior, de 59% para 56%. Já nas empresas privadas a confiança se manteve em 54%.

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A pesquisa da Febraban ouviu 3 mil pessoas acima de 18 anos em todas as regiões do Brasil. As entrevistas foram feitas entre os dias 19 e 27 de novembro e fazem parte da quarta edição do Radar Febraban, divulgado a cada trimestre.

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