Pix e Open Banking: como usar o iniciador de pagamentos? Veja o passo a passo

InfoMoney compilou o passo a passo da experiência que o consumidor vai encontrar ao usar o Pix integrado ao Open Banking

Giovanna Sutto

SÃO PAULO – Nesta sexta-feira (29) tem início a fase 3 do Open Banking no Brasil: a principal mudança na vida do consumidor é a integração com o Pix, sistema de pagamentos instantâneos. O InfoMoney já produziu uma reportagem explicando do que se trata essa nova etapa e também detalhando a questão de segurança.

O Pix vem ganhando tração de forma constante: o número de usuários cresceu cerca de 166% desde o lançamento do recurso, enquanto a quantidade de transações passou de 33,5 milhões em novembro para 1,04 bilhão em setembro.

A implementação e a adoção do Open Banking, por sua vez, são mais lentas: no último dia 24 terminou a implementação inicial da fase 2, o que na prática permite o compartilhamento de dados cadastrais e dados de transações de cartões e operações de crédito de apenas 10% dos clientes (PF e PJ) da instituição de origem dos dados, 24 horas por dia, todos os dias da semana.

A fase 3 será ainda mais fragmentada. A partir do dia 29  de outubro apenas clientes selecionados pelas instituições detentoras de contas poderão experimentar o recurso de iniciação de pagamentos com o Pix, com limites de R$ 1.000 por transação sendo permitido fazer pagamentos apenas em dias úteis (saiba mais aqui).

Mas para além das regras de uso, outra dúvida que surge é: como vai ser o passo a passo da jornada de experiência do cliente? Ou seja, o que o cliente vai encontrar em termos de telas e processos na hora de usar o Pix no ecossistema do Open Banking?

O Open Banking Brasil, site da governança do Open Banking no país, publicou o manual de experiência do usuário que mostra o que o consumidor vai encontrar de forma geral.

Passo a passo

A jornada de compartilhamento de dados no Open Banking utilizando o iniciador de pagamentos possui 6 etapas principais: consentimento, autenticação, confirmação, efetivação e os dois redirecionamentos entre as instituições envolvidas.

Passo 1: consentimento 

Suponha que você vai fazer um pagamento. Tudo começa na instituição iniciadora de pagamentos (ou instituição receptora no esquema) escolhida por você – que poderá ser um app de mensagens, um agregador de contas, entre outros serviços, por exemplo.

Ela solicita as informações da transação de pagamento e pede a sua autorização para acessar os dados.

Passo 2: primeiro redirecionamento 

O consumidor é redirecionado da instituição iniciadora de pagamentos para a instituição transmissora onde detém sua conta transacional, ou seja, conta onde o dinheiro está (conta corrente, de poupança ou de pagamentos).

Passo 3: autenticação  

Após o redirecionamento para a instituição onde o usuário detém sua conta, ele deve acessá-la como já está acostumado – usando os mesmos métodos de acesso e nível de segurança, seja biometria, reconhecimento facial ou senha, por exemplo.

Passo 4: confirmação 

A instituição onde o usuário detém sua conta exibe as informações do pagamento. O cliente precisa checar os dados, e confirmar a transação. O consumidor sempre tem a opção de negar a transação, caso não esteja de acordo com as informações exibidas.

Passo 5: segundo redirecionamento

O consumidor é redirecionado da instituição onde detém sua conta para a instituição iniciadora de pagamentos em que começou o processo.

Passo 6: efetivação 

A instituição iniciadora de pagamentos vai exibir a confirmação do pagamento. Essa é a última etapa.

Confira o esquema retirado do Manual de Experiência do Usuário publicado no site de governança do Open Banking Brasil.  

(Reprodução/ Manual da Experiência do Usuário – Open Banking Brasil)

Esse processo promete ser rápido, e a efetivação do pagamento promete ser em segundos, afinal, acontece via Pix neste momento da fase 3.

É importante ressaltar que cada instituição participante poderá personalizar a jornada com as suas cores, logo, processos extras de segurança e verificação, por exemplo, entre outros detalhes.

Por isso, você pode encontrar alguma mudança em relação a esse padrão básico que o BC e as equipes de governança divulgaram, mas a lógica é sempre essa. O usuário sempre terá que consentir seus dados e aprovar a transação no ambiente da instituição que detém sua conta transacional (conta corrente, de poupança ou de pagamentos).

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Giovanna Sutto

Jornalista com mais de 6 anos de experiência na cobertura de finanças pessoais, meios de pagamentos, economia e carreira. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.