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O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) anunciou que deve intensificar nessa terça-feira (26) a mobilização da categoria. A chamada operação-padrão dos funcionários do BC, que começou há dois meses, entra agora numa segunda fase que pode afetar a implementação de novos recursos do Pix e o o desenvolvimento Drex, nome do real-digital ou CBDC brasileira.
Segundo Fabio Faiad, presidente da entidade, a decisão foi precipitada pela falta de compromisso do governo em negociar com o sindicato. “Estamos dispostos a negociar, mas o governo só diz que vai estudar.”
A declaração foi dada nesta segunda-feira (25), após uma reunião do sindicato com o José Lopez Feijóo, secretário de Relações e Trabalhos do Ministério de Gestão e Inovação nos Serviços Públicos (MGI), que, segundo o sindicato, não propôs nada nem uma nova data para a apresentação de uma contraproposta.
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Entre os destaques na pauta da categoria estão:
- mudanças na reestruturação de carreira dos servidores do Banco Central do Brasil como a criação de uma retribuição por produtividade para os especialistas do BC;
- exigência de ensino superior para o cargo de técnico do BC (os servidores têm pedido que o cargo de técnico seja considerado como de nível superior, o que implicaria em uma mudança na qualificação necessária para ingressar nessa carreira);
- e alteração de nomenclatura para o cargo de analista (a proposta também envolve a alteração de nomenclatura para o cargo de Analista para Auditor, termo mais condizente com as atividades realizadas e com a importância do respectivo cargo).
Procurado pelo InfoMoney, o Ministério da Gestão diz que “reafirma seu compromisso de diálogo com todas as categorias, motivo pelo qual reabriu a Mesa Permanente de Negociação este ano, já promovendo o primeiro acordo entre servidores e governo desde 2016. O acordo resultou no reajuste de 9% concedido a todos os servidores públicos federais este ano.”
Além disso, a pasta explicou que neste mês, foram criadas as 10 primeiras mesas setoriais de negociação, para tratar justamente das situações específicas de cada uma. “As carreiras do Banco Central estão em uma das 10 primeiras mesas setoriais. No entanto, devido ao volume de mesas setoriais, ainda não está fechado todo o cronograma de todas as reuniões.”
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Sem a reestruturação, os representantes dos servidores do BC preveem um inevitável desmantelamento da carreira de especialista do BC, situação que vem se agudizando na última década, com reajustes abaixo da inflação e com as crescentes assimetrias em relação a carreiras congêneres.
Desde o início da primeira fase da operação-padrão, o BC vem registrando atrasos na divulgação de índices como o IBC-BR e outros.
“E a partir dessa terça-feira isso deve se intensificar, atingindo mais de 3 mil funcionários em todo o Brasil. Gente que trabalhou duro na pandemia para implantar o Pix e não teve reconhecimento”, diz Faiad. Nestes dois meses, a operação-padrão do BC conseguiu 70% de adesão, conforme o sindicato.
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Quais recursos devem ser afetados?
Estão previstos atrasos na implementação do Pix parcelado e de outras modalidades do sistema instantâneo. Estes atrasos poderão repercutir tanto para os serviços bancários como para o público em geral.
“Atrasos começam em coisas pequenas, passam para médios. E não avisamos antes, para pegar de surpresa”, afirmou.
Também já são esperados retrocesso na implantação do projeto Drex, moeda digital brasileira que está em fase de testes. Este revés poderá perturbar o progresso pretendido na modernização dos serviços financeiros.
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O sindicato diz que está elaborando listas de servidores em cargos de liderança, para facilitar uma entrega coletiva dos cargos, caso a situação venha a escalar. Este processo pode causar desafios de gestão dentro do banco, sublinhando questões como urgência e eficácia.